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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 293-1

Mesa-Redonda


293-1

O desenho infantil: Novas perspectivas para sua avaliação

Autores:
Solange Muglia Wechsler, Denise Bandeira, Helena R2
2 PUCCAMP - Pontificia Universidade Catolica de Campinas, 3 USP - Universidade Sao Paulo, 4 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

O DESENHO INFANTIL: NOVAS PERSPECTIVAS PARA SUA AVALIAÇÃO Coordenação Solange Muglia Wechsler Pontificia Universidade Catolica de Campinas Participantes Denise Ruschel Bandeira Universidade Federal do Rio Grande do Sul Helena Rinaldi Rosa Universidade de São Paulo O desenho da figura humana é uma das técnicas mais utilizadas para a compreensão do mundo infantil. A sua avaliação pode compreender tanto aspectos cognitivos quanto emocionais, daí sendo a sua importância no diagnóstico psicológico de crianças. Devido a sua importância como ferramenta para o psicólogo é essencial que possa ser fundamentado em parâmetros científicos. Assim sendo, pretende-se considerar nesta mesa algumas variáveis que podem influenciar na aferição do desenho assim como as novas possibilidades tanto clinicas quanto educacionais para a sua utilização. Portanto, será apresentada uma escala clinica para avaliação dos desenhos da figura humana e também o DFH-IV com a nova versão cognitiva. Os fatores sócio-economicos que afetam o desempenho das crianças também serão debatidos. Conclui-se que o desenho pode se considerado uma medida válida e precisa para o diagnóstico infantil

Resumo Apresentador 1

Escalas Clínicas do Desenho da Figura Humana: Uma nova proposta para crianças de 6 a 12 anos Denise Ruschel Bandeira (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Sérgio Eduardo Silva de Oliveira (Universidade de Brasília) O Desenho da Figura Humana (DFH) é uma técnica antiga de avaliação psicológica e amplamente utilizada. Contudo sua aplicabilidade e cientificidade ainda são questionadas. Por isso, o DFH vem sendo estudado no Grupo de Estudo, Aplicação e Pesquisa em Avaliação Psicológica (GEAPAP) há vários anos. O último estudo foi uma proposta de construção de uma escala clínica do DFH de modo que pudesse ser utilizado como um instrumento de triagem para crianças de seis a 12 anos de idade. Foram analisados 804 desenhos de dois bancos de dados, sendo estes estratificados por sexo (Masculino n=539 e Feminino n=265), faixa etária (6-8 anos n=401 e 9-12 anos n=403) e grupo (Clínico n=403 e Não-Clínico n=401). Foram analisados 103 itens comuns aos dois bancos, os quais foram codificados com concordância entre juízes variando de 82 a 100%. As escalas foram construídas por meio de testes de qui-quadrado ( & #967;2) e de regressão binária logística. Os resultados da construção das escalas indicaram que as escalas das meninas de 6 a 8 e de 9 a 12 anos ficaram com 13 e 11 itens respectivamente, enquanto que as dos meninos de 6 a 8 e de 9 a 12 anos ficaram com 20 e 19 itens respectivamente. O estudo normativo sugeriu os pontos de corte 6 e 4, para as meninas de 8-6 e 9-12 anos respectivamente, e 8 e 6 para os meninos de 8-6 e 9-12 anos respectivamente. A acurácia diagnóstica das escalas apresentou-se adequada sinalizando certa fragilidade nas escalas dos meninos, principalmente os de 9-12 anos. A presente pesquisa propõe uma nova perspectiva para entender o DFH, assim como seu sistema de pontuação. Será apresentada a forma proposta para analisar os resultados em termos de indicação ou não para uma avaliação psicológica.

Resumo Apresentador 2

INFLUÊNCIAS DO NÍVEL SOCIOECONOMICO DO DESENHO DA FIGURA HUMANA: ESTUDOS PRELIMINARES Helena Rinaldi Rosa e Gabriel Okawa Belizario Laboratório Interdepartamental de Técnicas de Exame Psicológico do Instituto de Psicologia da USP A avaliação psicológica infantil é ferramenta indispensável nas diversas áreas de atuação do psicólogo. Pelo baixo custo e grande aceitabilidade, o teste do Desenho da Figura Humana tem sido um dos instrumentos mais utilizados. Conta com diversos sistemas de avaliação. Este estudo investigou a sensibilidade das propostas de Wechsler (DFH-III) e de Koppitz para identificar diferenças socioeconômicas, por meio de Indicadores Maturacionais, entre 183 crianças de 6 a 11 anos de idade, sem queixas psicológicas. O tipo de escola foi utilizado como indicador do nível socioeconômico, sendo que os participantes eram estudantes de escolas públicas e particulares. O teste de Levene indicou homogeneidade entre os dois grupos. Foram solicitados os desenhos do homem e da mulher, que foram realizados dentro do ambiente escolar e sem prejuízo das atividades escolares, sendo excluídos os desenhos de crianças que a coordenação da escola indicou como apresentando algum tipo de dificuldade. Os desenhos foram pontuados pelos dois sistemas de pontuação. O DFH-III se mostrou sensível para diferenciar variáveis socioeconômicas tanto para o desenho do homem (t(181) = 2,963, p = 0,003) quanto para o desenho da mulher (t(181) = 2,503, p = 0,013), enquanto o sistema de pontuação desenvolvido por Koppitz não demonstrou diferenças significantes entre estudantes de escolas públicas e particulares nos desenhos do homem (t(181) = 1,395, p = 0,165) e da mulher (t(181) = 1,125, p = 0,262). Os resultados sugerem uma sensibilidade superior do sistema de pontuação DFH-III na identificação de diferenças socioeconômicas em relação ao sistema de Koppitz. .

Resumo Apresentador 3

DFH-IV- A NOVA VERSÃO DO DESENHO DA FIGURA HUMANA Solange Muglia Wechsler Pontificia Universidade Católica de Campinas O desenho da figura humana é um dos instrumentos mais utilizados na avaliação infantil pelos psicólogos brasileiros. Devido a este fato é essencial que sejam utilizados sistemas que possuam validade, precisão e que sejam atualizados. Segundo a regulamentação do Conselho Federal de Psicologia é necessário que todos os testes possam apresentar estas características psicométricas para ser aprovados dentro de um período máximo de quinze anos. A nova versão do desenho da figura humana, DFH-IV, por Wechsler, vem atender estas exigências. Uma nova amostra foi coletada composta por 3.264 crianças (1683 M, 1581 F) de 5 a 12 anos, oriundas de escolas públicas e particulares representando todas as regiões brasileira. O manual foi rescrito com mais explicações sobre as formas de correção do desenho, aumentando assim a sua precisão. Novamente os dados analisados pela MANOVA reconfirmaram as evidências de validade do desenho, pois existiram acréscimos significativos de acordo com a idade da criança. Por sua vez, o DFH mostrou-se relacionado com TNVR-I, Raven e WISC-III. O teste-reteste com intervalo de dois meses foi significativo (p & #8804;0,05). As diferenças significativas na pontuação total, de acordo com o sexo da criança, o sexo da figura e a idade da criança, já observadas no DFH-III, também foram observadas nesta nova amostra. Assim sendo, confirma-se a necessidade de continuar exigindo dois desenhos de sexos opostos da figura humana assim como o uso de tabelas separadas por sexo da criança e sua idade. Ao se comparar as tabelas obtidas desde a primeira versão do DFH-III observa-se que o crescimento significativo da pontuação não foi observado para todas as idades, o que indica talvez um efeito teto para o desenvolvimento cognitivo para certas faixas etárias. Confirma-se assim a importância da figura humana para a avaliação infantil.

Resumo Apresentador 4



Palavras-chave:
 criança, figura humana, validade