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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 300-1

Mesa-Redonda


300-1

DESENVOLVIMENTO DE ESCALAS EM PSICOLOGIA DO ESPORTE E DO EXERCÍCIO: CONSTRUÇÃO, ADAPTAÇÃO E PARÂMETROS PSICOMÉTRICOS

Autores:
FRISCHKNECHT, G.1, TEIXEIRA, K. C.1,5, PESCA, A. D.2,6, CRUZ, R. M.1
1 UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina, 2 CESUSC - Faculdade CESUSC , 3 AVANTIS - Faculdade Avantis, 5 UNIFEBE - Centro Universitário de Brusque, 6 FMH ULISBOA - Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

DESENVOLVIMENTO DE ESCALAS EM PSICOLOGIA DO ESPORTE E DO EXERCÍCIO: CONSTRUÇÃO, ADAPTAÇÃO E PARÂMETROS PSICOMÉTRICOS Gabriela Frischknecht - UFSC; Avantis Karen Cristine Teixeira - UFSC; UNIFEBE Andréa Duarte Pesca - FMH ULisboa; CESUSC Roberto Moraes Cruz - UFSC A avaliação psicológica em Psicologia do Esporte e do Exercício se dedica à investigação de habilidades psicológicas, para otimizar atuação esportiva e satisfação das pessoas envolvidas nesses contextos. Para tanto, devem ser utilizados recursos específicos, que considerem particularidades das populações envolvidas, modalidades esportivas e contexto. Muitas pesquisas se dedicam ao desenvolvimento desses recursos, considerando tais questões. Essa mesa redonda apresentará estudos de construção e adaptação transcultural de instrumentos para mensuração em Psicologia do Esporte e Exercício. Será composta por quatro apresentações. A primeira, relatará o processo de construção de um instrumento de mensuração da autoeficácia para atletas e suas evidências de validade de conteúdo. Abordará o construto considerando uma medida geral e de suas dimensões. A segunda, se referirá à construção de escala de ansiedade para atletas e investigação de evidências de parâmetros psicométricos da medida desenvolvida. A terceira, descreverá o processo de adaptação transcultural de escala de motivação para praticantes de exercícios, discutindo suas evidências de validade pela estrutura interna, em comparação com outras culturas. Por fim, a quarta descreverá a investigação de evidências de qualidade dos itens e precisão pela Teoria de Resposta ao Item de escala de autoconfiança esportiva, resultante de adaptação transcultural para atletas brasileiros. Os resultados sugerem evidências de validade e precisão em todas as escalas. A investigação de parâmetros psicométricos, com procedimentos complementares de verificação de validade, continua sendo aprimorada, com perspectiva de aperfeiçoamento dos instrumentos para uso em pesquisa e atuação profissional. Assim, as apresentações indicarão estudos futuros que possam aprimorar a qualidade das escalas e, consequentemente, da avaliação psicológica nesses contextos.

Resumo Apresentador 1

EVIDÊNCIAS DE PRECISÃO DE ESCALAS DE AUTOEFICÁCIA PARA ATLETAS DE FUTEBOL BRASILEIROS E PORTUGUESES Andréa Duarte Pesca - FMH ULisboa; CESUSC Sidónio Serpa - FMH ULisboa António Fernando Boleto Rosado - FMH ULisboa Roberto Moraes Cruz - UFSC Para realizar estudos da autoeficácia são necessários instrumentos válidos, ainda não existentes, especificamente na avaliação da autoeficácia nos jogos coletivos. Do mesmo modo, é necessária avaliação objetiva dos seus determinantes. Com base no modelo teórico de Bandura (1977), Feltz (1988; 1994) refere seis determinantes da autoeficácia no esporte: desempenhos realizados no passado, experiências vicárias, persuasão verbal, indicadores fisiológicos, indicadores emocionais e experiências imaginativas. O objetivo dessa investigação foi avaliar a precisão das escalas dos determinantes de autoeficácia (Pesca, Rosado, Serpa e Cruz, 2016) em atletas de futebol Brasileiros e Portugueses. Esta pesquisa é de natureza exploratória e descritiva. A amostra definida foi de caráter não probabilístico. Foi realizada com 200 atletas de futebol, sendo 100 atletas Brasileiros e 100 Portugueses. Aplicaram-se 7 instrumentos: o perfil do treinador, constituído especialmente para esta pesquisa e 6 escalas de autoeficácia, sendo uma para cada determinante: Escalas de desempenhos realizados no passado; Escala de Persuasão Verbal; Escala de aprendizagem vicária, Escala de Indicadores Fisiológicos; Escala de Indicadores Emocionais e Escala de Experiências Imaginativas. Os resultados indicaram que as Escalas dos determinantes de autoeficácia para atletas de Futebol Brasileiros e Portugueses apresentam evidências de validade de construto adequadas ao modelo teórico e propósitos deste estudo. A análise evidenciou que a estrutura multifatorial proposta nas escalas e as propriedades psicométricas dos modelos de medida era adequada. Os índices de precisão sugerem, também, que os instrumentos de avaliação apresentam consistência interna para amostras de atletas de futebol de ambos os países. As escalas propostas adequam-se à possibilidade de avaliar os construtos referidos e devem ser consideradas na investigação futura sobre autoeficácia em desportos coletivos.

Resumo Apresentador 2

CONSTRUÇÃO E BUSCA DE EVIDÊNCIAS DE VALIDADE DE UMA MEDIDA DE ANSIEDADE PARA ATLETAS Karen Cristine Teixeira - UFSC; UNIFEBE Carlos Henrique Sancineto da Silva Nunes - UFSC A ansiedade é vista como uma estratégia evolutiva que emite sinais de advertência que preparam o atleta para responder de modo eficaz às situações. Considerando a escassez de instrumentos para a avaliação do construto no contexto esportivo brasileiro, o presente estudo visou desenvolver e buscar de evidências de validade e precisão de uma medida de ansiedade para atletas. A pesquisa se caracteriza como descritivo-explicativa e de natureza predominantemente quantitativa. Compuseram a amostra 510 atletas de diversas modalidades, enquadrados nos critérios de inclusão: escolaridade mínima 8ºano do ensino fundamental completo, idade mínima de 18 anos e ter participado, ao menos, de uma competição local na última temporada. Primeiramente realizou-se a construção do instrumento e busca de evidências baseadas no conteúdo. Posteriormente à análise de juízes e semântica, que indicaram evidências adequadas de validade, o instrumento foi composto por 98 itens distribuídos em três fatores e cinco facetas. Realizou-se análise fatorial exploratória, com rotação oblíqua promax, para verificar dimensionalidade. A solução mais promissora foi de três fatores, sem facetas: ansiedade fisiológica, ansiedade cognitiva e controle percebido. Retiraram-se 18 itens com carga fatorial abaixo de 0,30 ou que carregaram em fatores inesperados e sem interpretabilidade. Quatro itens foram retirados com base no modelo de Rasch, analisados indicadores de infit e outfit, correlação item-theta, desordem de categorias e mapa de itens. A versão final possui 76 itens, cuja precisão foi & #945;=0,94 para ansiedade cognitiva, & #945;=0,94 para ansiedade fisiológica e & #945;=0,89 para controle percebido. A precisão real, via TRI, foi de 0,98 para as três dimensões. Conclui-se que o instrumento apresenta boas propriedades psicométricas iniciais. Entretanto, faz-se necessário empregar estratégias diversificadas para obtenção de evidências adicionais que suportem sua utilização.

Resumo Apresentador 3

ANÁLISE FATORIAL DA PHYSICAL ACTIVITY AND LEISURE MOTIVATION SCALE – PALMS ADAPTADA PARA CONTEXTO BRASILEIRO Roberto Moraes Cruz - UFSC Juliana Frainer - UFSC Ivan Sant’Ana Rabelo - UFSC Andréa Duarte Pesca - FMH ULisboa; CESUSC Estudos de caráter transcultural são realizados com para atestar a validade e invariância dos instrumentos que serão utilizados e possibilitam a comparação de características de indivíduos em diferentes contextos. A carência de estudos transculturais de instrumentos que mensurem a motivação relacionada a prática de atividade física ou esportiva para contexto brasileiro tem impulsionado pesquisas que oferecem subsídios teóricos e meios de intervenção para vários campos de atuação do psicólogo do esporte. A fim de ampliar as possibilidades e qualificar a aplicação de instrumentos que mensurem os motivos de adesão à prática de atividades físicas e esportivas, esse estudo visa apresentar resultados da análise fatorial da Physical Activity and Leisure Motivation Scale - PALMS no Brasil. Participaram 640 praticantes de atividade física e esportivas regulares. Aplicou-se a versão adaptada da PALMS e formulário sociodemográfico. Por meio de uma Análise dos componentes principais da PALMS, encontrou-se KMO=0,896, considerado ótimo. O teste de esfericidade de Bartlett apresentou-se altamente significativo [X2(780)=11465,317, p < 0,001]; considerando a realização da análise fatorial apropriada na amostra investigada. Em princípio, extraíram-se 7 fatores foram, explicando 55,9% da variância total. Porém, como o modelo original propõe 8 fatores, realizou-se uma análise forçando a extração em 8 fatores, o que explicou 60,4% da variância total. A consistência interna, pelo coeficiente Alfa de Cronbach, apresentou índices entre 0,769 e 0,856, satisfatórios. Enfatiza-se que os indicadores apresentados são favoráveis, sugerindo bons índices de validade e consistência interna. Sugerem-se estudos futuros com Análise Fatorial Confirmatória, visando confirmar o ajuste do modelo proposto na versão original, e estudos de validade que permitam acúmulo de evidências para uso da escala adaptada na população brasileira.

Resumo Apresentador 4

PARÂMETROS PSICOMÉTRICOS DO QUESTIONÁRIO DE AUTOCONFIANÇA NO ESPORTE POR ANÁLISES DE TRI: UM ESTUDO PRELIMINAR Gabriela Frischknecht - UFSC; Avantis Andréa Duarte Pesca - FMH ULisboa; CESUSC Roberto Moraes Cruz - UFSC Carlos Henrique Sancineto da Silva Nunes - UFSC A autoconfiança esportiva se refere à convicção de sucesso do atleta diante das situações esportivas vivenciadas. O Questionário de Autoconfiança no Esporte (FRISCHKNECHT; CRUZ; PESCA, 2016) visa avaliar os níveis desse construto em atletas. É composto por 14 itens distribuídos nos fatores autoconfiança em habilidades físicas, cognitivas e de resiliência. Vem apresentando parâmetros psicométricos satisfatórios nos estudos embasados na Teoria Clássica dos Testes. Esse estudo buscou investigar parâmetros psicométricos preliminares do QAE com base na Teoria de Resposta ao Item. Participaram 366 atletas, 246 do sexo masculino e 120 do feminino, com idades entre 12 e 22 anos das modalidades esportivas ginástica e futebol, que responderam ao QAE em situações prévias competitivas. Com base na TRI, foram analisados índices de desajuste, precisão, mapa de itens e desordem de categorias. Os resultados apontaram para índices infit, outfit e precisão real satisfatórios. O mapa de itens demonstrou que os itens avaliam pessoas com theta entre -1 e 1, mas que os respondentes apresentaram índices theta entre 0 e 4,5, indicando ausência de itens para pessoas com theta mais elevado. Finalmente, os participantes não utilizaram todas as categorias da escala de 7 pontos em 7 dos 14 itens. Considera-se a necessidade de reorganização das categorias. Os parâmetros psicométricos investigados sugerem, de modo geral, qualidade dos resultados obtidos pela escala. Entretanto, o aperfeiçoamento do instrumento é importante para o aprimoramento dos itens e para possibilitar sua aplicação em sujeitos com os mais variados níveis de theta nesse construto.

Palavras-chave:
 Adaptação, Construção, Escalas, Psicometria, Psicologia do Esporte e do Exercício