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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 340-1

Mesa-Redonda


340-1

SAÚDE MENTAL DE PROFISSIONAIS: HÁ ALGUÉM CUIDANDO DOS QUE CUIDAM DE NÓS?

Autores:
PARREIRA, L.1, Sousa, R. C. 1, Staliano, P.2, Barroso, S. M. 1, Silva, L. F. 1, Côelho, A. E. L.3
1 UFTM - Universidade Federal do Triângulo Mineiro, 2 UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados, 3 UNIPÊ - Centro Universitário de João Pessoa

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

SAÚDE MENTAL DE PROFISSIONAIS: HÁ ALGUÉM CUIDANDO DOS QUE CUIDAM DE NÓS? Autores & #8260;Instituição: Luísa Parreira Santos - Universidade Federal do Triângulo Mineiro; Raphaela Campos de Sousa - Universidade Federal do Triângulo Mineiro; Pamela Staliano - Universidade Federal da Grande Dourados. Resumo: A saúde mental dos trabalhadores pode ter impacto não apenas em suas vidas, mas também na qualidade dos serviços que prestam à população. Nas últimas décadas surgiu uma maior preocupação entre os pesquisadores sobre as condições emocionais de profissionais de diversas categorias. Os profissionais que lidam diretamente com o público ou que provêm algum tipo de cuidados a outras pessoas estão particularmente suscetíveis ao desenvolvimento de problemas emocionais. Pensar a saúde mental de profissionais permite considerar aspectos muitas vezes negligenciados e, mesmo, ponderar aspectos subjacentes a qualidade do atendimento prestado à população. Nessa perspectiva a presente mesa redonda se propõe a discutir aspectos ligados à saúde mental de policiais, psicólogos e agentes comunitários de saúde. A escolha por discutir conjuntamente sobre tais profissionais se baseia na percepção que eles desempenham algum tipo de atividade de cuidado, prestando valorosos serviços para a população, mas que pouco se sabe sobre suas condições emocionais. Para tanto serão apresentadas informações sobre trabalhadores que atuam nos Estados de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, policiais militares, psicólogos e agentes comunitários de saúde. Entende-se que estes profissionais se deparam com dificuldades e limites suscitados pela multiplicidade de demandas a que atendem, as quais requerem amplitude e diversidade de conhecimentos e técnicas. Os desafios permanentemente impostos pela < i > praxis < /i > de cada uma das categorias profissionais apontadas influenciam suas condições emocionais. Neste sentido, estas condições emocionais serão, em um primeiro momento, apresentadas individualmente e, em seguida, problematizadas em um contexto conjunto.

Resumo Apresentador 1

CONDIÇÕES EMOCIONAIS DE POLICIAIS MILITARES DO INTERIOR DE MINAS GERAIS. Autores & #8260;Instituição: Raphaela Campos de Sousa - Universidade Federal do Triângulo Mineiro; Sabrina Martins Barroso - Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Resumo: A investigação sobre a saúde do policial militar é um aspecto importante a ser compreendido, principalmente quando se considera o papel fundamental desempenhado por tais profissionais na sociedade. Entretanto, no Brasil ainda são escassos os conhecimentos acerca da saúde mental do policial militar e de suas consequências para a vida desses trabalhadores. Visando minimizar essa lacuna, o presente estudo teve por objetivo identificar a prevalência de depressão, ansiedade e stress dos policiais militares de uma cidade de porte médio do interior de Minas Gerais. Para a avaliação foram utilizados um questionário com perguntas sobre o perfil sociodemográfico e de hábitos de vida dos policiais e a Escala de Depressão, Ansiedade e < i > Stress < /i > (DASS-21). Foram realizadas análises descritivas de distribuição de frequência, média, desvio-padrão e porcentagem para caracterizar a amostra e a prevalência dos sintomas emocionais dos policiais. Os dados apontaram que a necessidade de respeitar uma hierarquia e disciplina extremamente rígidas, o contato diário com a violência e a vivência de riscos diários influenciam nas condições emocionais dos policiais militares. Com isso, observa-se que os policiais militares são mais susceptíveis a apresentar sintomatologias de sofrimento psíquico, manifestados com níveis elevados de ansiedade, depressão e stress. Esses dados geram preocupações sobre a saúde dos policiais e os possíveis impactos desse sofrimento emocional no desenvolvimento do seu trabalho.

Resumo Apresentador 2

SOBRECARGA DE PSICÓLOGOS QUE ATUAM EM CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL. Autores & #8260;Instituição: Luísa Parreira Santos - Universidade Federal do Triângulo Mineiro; Luciana Francielle e Silva - Universidade Federal do Triângulo Mineiro; Sabrina Martins Barroso - Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Resumo: Estudos têm mostrado a necessidade de atentar para a saúde dos profissionais de saúde mental visto que a qualidade do serviço depende, entre outros aspectos, do bem-estar desses profissionais. Um dos aspectos que pode impactar negativamente a saúde dos profissionais é a sobrecarga. Com o objetivo de entender melhor a sobrecarga dos profissionais, realizou-se uma revisão sistemática de literatura nas bases SciELO, LILACS, Portal de Periódicos da CAPES, PsycINFO e PUBMED, sobre a sobrecarga de profissionais de serviços de saúde mental. Posteriormente avaliou-se a sobrecarga de psicólogos que atuam em Centros de Atenção Psicossocial da região do Triângulo Mineiro. A revisão de literatura mostrou predomínio de pesquisas quantitativas, que avaliaram a sobrecarga por meio das escalas IMPACTO-BR e MBI. Observou-se sobrecarga moderada entre os profissionais em muitos estudos, assim como houve indicação de sobrecarga em estudos de < i > burnout < /i > e estresse. A avaliação dos psicólogos mostrou níveis moderados de sobrecarga e relações com condições pessoais e aspectos do serviço desses profissionais. Os estudos mostraram a necessidade de pensar no estado emocional dos psicólogos e, se necessário, criar um espaço para pensar a saúde mental dos profissionais que auxiliam na saúde mental de outras pessoas.

Resumo Apresentador 3

CONDIÇÕES DE TRABALHO E SOFRIMENTO PSÍQUICO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE. Autores & #8260;Instituição: Pamela Staliano - Universidade Federal da Grande Dourados; Angela Elizabeth Lapa Côelho - Centro Universitário de João Pessoa. Resumo: Ao profissional de saúde é atribuído um papel educativo, pois suas múltiplas e diversificadas ações – destinadas tanto à superação e prevenção de doenças, como à promoção da saúde – pressupõem a transformação da realidade social. Especificamente no que se refere ao Agente Comunitário de Saúde (ACS), esta atuação se revela em diferentes modos de relação com os indivíduos que integram a comunidade designada como seu território de ação. Estudos revelam que em determinadas localidades, o ACS limita-se a realizar atos normativos, nos quais predominam prescrições e instrumentalizações, inviabilizando o trabalho de promoção da saúde, atividade que lhes é constantemente requerida, na tentativa de inverter a lógica de atenção à saúde historicamente empregada, com ações curativas e remediativas. Frente às dificuldades enfrentadas por este profissional, realizou-se uma proposta em grupo cujo objetivo era discutir o trabalho realizado na unidade de saúde, identificando a maneira com que os ACSs lidam com as dificuldades cotidianas e como estas podem estar contribuindo para o sofrimento psíquico dos mesmos. Para tanto, utilizou-se o referencial dos grupos operativos tal como postulado por Enrique Pichon-Rivière, com a adoção de metodologias participativas. Observou-se que, ao longo do processo, problemas de relacionamento interpessoais interferiram diretamente no desempenho destes profissionais, o que foi discutido a partir de estratégias orientadas a fortalecer os vínculos grupais. Percebeu-se ainda, que a insuficiência na comunicação revelou-se como um fator que compromete a implementação de práticas humanizadas em saúde. Ao final deste trabalho, os ACSs podiam ocupar um lugar de protagonistas em relação ao trabalho realizado no território.

Resumo Apresentador 4



Palavras-chave:
 Avaliação Psicológica, Profissionais, Saúde Mental