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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 379-2

Mesa-Redonda


379-2

Avaliação da Autoeficácia em diferentes contextos: Trânsito, Orientação Profissional e Saúde Mental

Autores:
RODOLFO1, Moreira, T. C.1, Mognon, J. F.1, Santos, A. A. A.1, Borges, L.1
1 USF - Unviersidade São Francisco

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

A Autoeficácia é um construto integrante da Teoria Social Cognitiva, que refere-se às crenças de capacidade das pessoas em domínios específicos de comportamento. Esse construto tem como característica modular a escolha de atividades a serem realizadas, a ansiedade e depressão experienciadas frente a sucessos ou fracassos obtidos e a persistência da pessoa frente a um dado objetivo. Por ser um construto de domínio específico, ou seja, por não ser um traço global, pode ser aplicada em diferentes contextos de desempenho humano. Nesse sentido, o desenvolvimento de instrumentos de avaliação podem auxiliar a complementar diagnósticos e planejar melhores intervenções em contextos de atuação do psicólogo. Portanto, esta mesa redonda tem o objetivo de apresentar três estudos de construção e evidências de validade de escalas de autoeficácia no contexto da Psicologia do trânsito, da orientação profissional e de carreira e da saúde mental infantil. Os estudos serão apresentados e posteriormente haverá uma discussão para sintetizar os achados a partir da teoria da autoeficácia.

Resumo Apresentador 1

Escala de Fontes de Autoeficácia para Escolha Profissional: construção e estudos psicométricos iniciais ¹Thaline da Cunha Moreira- Universidade São Francisco, Itatiba, SP, Brasil Rodolfo Augusto Matteo Ambiel - Universidade São Francisco, Itatiba, SP, Brasil No processo de orientação profissional diversos construtos estão envolvidos, entre eles encontra-se o da autoeficácia para escolha profissional, que diz respeito às crenças de uma pessoa quanto à sua capacidade para se envolver nas atividades de escolha profissional. Tais crenças são formadas a partir de quatro fontes de autoeficácia. No entanto, ainda são poucos os estudos voltados à avaliação destas fontes, principalmente no contexto de carreira. Com isso, a presente pesquisa teve por objetivo a construção da Escala de Fontes de Autoeficácia para Escolha Profissional (EFAEP). Todo o processo envolveu a formulação dos itens e uma coleta piloto. Após esta etapa deu-se início a coleta de dados, em que participaram 388 estudantes do ensino médio, com idades entre 14 e 19 anos. Além da EFAEP, também foi aplicada a Escala de Autoeficácia para Escolha Profissional (EAE-EP). Procedeu-se após a coleta uma análise de componentes principais, sendo que a melhor estrutura encontrada foi com três fatores, são eles: Aprendizagem Vicária, Persuasão Verbal e Experiências Pessoais, com os respectivos alfas de Cronbach 0,80, 0,81 e 0,73. Além disso, todos os fatores da EFAEP se correlacionaram positivamente com a EAE-EP. Conclui-se que a escala construída apresentou ajustes adequados e uma boa qualidade psicométrica, apresentando evidências de validade com base na estrutura interna e com outras variáveis.

Resumo Apresentador 2

EVIDÊNCIA DE VALIDADE DA ESTRUTURA INTERNA DA ESCALA DE AUTOEFICÁCIA PARA DIRIGIR (EADIR-V2) Jocemara Ferreira Mognon Acácia Aparecida Angeli dos Santos Universidade São Francisco A autoeficácia é a crença do indivíduo sobre a sua capacidade para organizar e executar ações necessárias para a realização de uma determinada tarefa específica. No caso do presente estudo o foco foi o construto da autoeficácia para dirigir, o qual tem sido estudado recentemente e os resultados encontrados indicam a necessidade de investimentos na construção e refinamento das qualidades psicométricas dos instrumentos que o avaliam. Em virtude disso, o objetivo do presente estudo foi buscar novas evidências de validade da estrutura interna para a Escala de Autoeficácia para dirigir (EADir) em uma segunda versão, após a reanálise dos itens. Participaram 1259 motoristas, com idades entre 19 e 78 anos (M = 37,83), sendo 61,8% (n = 778) do sexo masculino, tempo de habilitação variou de 01 a 57 anos (M = 16,36) e 78,6% declararam que dirigem todos os dias. Os motoristas eram oriundos das cinco regiões do Brasil, com predominância do Sul, 68,1% (n=857). Os resultados da análise fatorial exploratória e da paralela indicaram a retenção de 20 itens e com base nos valores de ajuste ao modelo e aporte teórico o instrumento foi considerado unidimensional. Foi verificado por meio da Teoria de Resposta ao Item (TRI) que os itens são discriminativos do construto latente, porém foram considerados fáceis para a habilidade dos motoristas. Em acréscimo, em três itens houve a presença de funcionamento diferencial de item (DIF) que tiveram como grupo privilegiado os motoristas profissionais. Por fim, a escala se mostra adequada para avaliar a autoeficácia para dirigir, recomendando-se, contudo, a possibilidade de ser inserida uma escala de resposta gradual mais simples e curta, de cinco opções, variando de nada capaz a extremamente capaz, e a investigação de novas evidências de validade.

Resumo Apresentador 3

Autoeficácia e depressão infantil Lisandra Borges Universidade São Francisco A depressão em crianças e adolescentes foi compreendida nosologicamente a partir da década de 1970. Apesar de recente, tem despertado grande interesse na comunidade científica por sua prevalência e pelo impacto que pode causar ao longo da vida do indivíduo, pois como vêm apontando alguns estudos, a depressão na infância está relacionada com a frequência e a gravidade da depressão na vida adulta. A depressão é um transtorno do humor que afeta diversas áreas da vida, como cognitiva, social, emocional, motivacional, escolar, entre outras. Ao lado disso, a autoeficácia regula todo o funcionamento humano e exerce um papel relevante na autorregulação e processos cognitivos e na motivação, bem como na regulação de estados afetivos. O rastreio de sintomas depressivos é uma difícil tarefa, pela falta de instrumentos sensíveis e a comorbidade com outros problemas emocionais. Para isso, devem ser utilizados alguns indicadores afim de compreender e definir critérios de avaliação da depressão. Com base nisso, o presente estudo teve como objetivo construir e validar Bateria de Avaliação de Indicadores de Depressão Infantojuvenil (BAID-IJ). A Bateria é composta por 7 escalas, que se propõe a medir os sintomas principais da depressão, solidão, desamparo, autoestima, autoconceito, autoeficácia e desesperança. A BAID-IJ possui 111 itens que são respondidos em formato do tipo Likert de três pontos. Participaram do estudo 976 estudantes de 8 a 18 anos de idade, matriculados no ensino fundamental I (n= 209; 21,42%), fundamental II (n=497; 50,92) e médio (n= 270; 27,66%) em duas escolas públicas do interior do estado de Minas Gerais, Brasil. A maioria era do sexo feminino (n=516; 53%), sendo a média de idade de 15,16 anos (DP=2,86. Os resultados indicaram que a BAID-IJ vem apresentando parâmetros psicométricos adequados.

Resumo Apresentador 4



Palavras-chave:
 Autoeficácia, Avaliação psicológica, Psciometria


Agência de fomento:
CAPES