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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 453-1

Mesa-Redonda


453-1

A avaliação psicológica no contexto escolar: um olhar sobre as medidas psicoeducacionais

Autores:
Oliveira, K. L1, P.S. Schelini2, Pascualon-Araujo 3, Santos, A. A. A.4
1 UEL - Universidade Estadual de Londrina - CCB/PPSIC, 2 UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos, 3 PCB - Pearson Clinical Brasil, 4 USF - Universidade São Francisco

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Muitas dificuldades surgem no processo de ensino-aprendizagem, sendo que algumas delas poderiam ser minimizadas se fossem diagnosticadas precocemente. Dados atuais indicam que os transtornos de aprendizagem (DSM-V, 2014), bem como as dificuldades de aprendizagem atingem cerca de 10% da população em idade escolar. Nessa perspectiva, a avaliação psicoeducacional tem por objetivo levantar informações acerca das dificuldades inerentes ao processo de ensino e aprendizagem apresentadas pelos alunos. Sob esse aspecto, os esforços no sentido de se construir medidas diagnósticas válidas e confiáveis que possam auxiliar no processo da avaliação psicoeducacional se fazem necessários. Assim, a presente mesa se propõe a apresentar e trazer contribuições acerca do avanço na construção de medidas psicoeducacionais em âmbito nacional. Considera-se que o diagnóstico preciso das dificuldades que o escolar apresenta, especialmente no ensino fundamental, é essencial para que estratégias interventivas possam ser adotadas, permitindo fatores interferentes que possam remediar a situação do não aprendizado. Tendo em vista estas questões, a presente mesa visa trazer distintas considerações acerca dos instrumentos psicoeducacionais e seus respectivos processos de construção e validação e como isso contribuirá para a prática diagnóstica no contexto escolar. Apoios FAPESP e CNPq

Resumo Apresentador 1

Pensamentos e conhecimentos que os indivíduos possuem sobre seus próprios pensamentos e processos cognitivos correspondem à metacognição. Em relação à área da educação, as habilidades envolvidas no monitoramento cognitivo e na autorregulação parecem as mais relevantes, pois permitem ao indivíduo avaliar seu desempenho durante as tarefas, permitindo a alteração de estratégias que estão sendo utilizadas. O objetivo do estudo foi realizar a Análise Fatorial Confirmatória para verificar se o modelo observado na Análise Fatorial Exploratória se ajustava ao modelo teórico utilizado como base para a elaboração da Escala de Metacognição (EMETA), destinada a crianças de nove a 12 anos de idade. A amostra foi formada por 569 participantes, sendo 54,9% do gênero feminino e 45,1% do gênero masculino; 32% deles estavam matriculados em escolas privadas e 68% em escolas públicas. Do total de alunos, 26,2% tinham nove anos; 22,4%, 10 anos; 29,8% 11 anos e 21,7%, 12 anos. A distribuição dos participantes de acordo com os anos escolares foi a seguinte: 24,3%, 25,7%, 35,0% e 15%, respectivamente no 3º, 4º, 5º e 6º anos do Ensino Fundamental. Os resultados obtidos pela Análise Confirmatória indicaram que a EMETA apresenta melhor ajustamento ao modelo composto por dois fatores, a saber: a) Conhecimento Metacognitivo; e, b) Monitoramento Metacognitivo e Estratégias Cognitivas que explicam 34% da variância do instrumento com precisão de 0,805. A partir das evidências de validade e precisão acumuladas ao longo dos estudos, a próxima etapa para possibilitar a utilização da escala para outros profissionais seria a normatização da EMETA. Apoio financeiro: FAPESP

Resumo Apresentador 2

Pensamentos e conhecimentos que os indivíduos possuem sobre seus próprios pensamentos e processos cognitivos correspondem à metacognição. Em relação à área da educação, as habilidades envolvidas no monitoramento cognitivo e na autorregulação parecem as mais relevantes, pois permitem ao indivíduo avaliar seu desempenho durante as tarefas, permitindo a alteração de estratégias que estão sendo utilizadas. O objetivo do estudo foi realizar a Análise Fatorial Confirmatória para verificar se o modelo observado na Análise Fatorial Exploratória se ajustava ao modelo teórico utilizado como base para a elaboração da Escala de Metacognição (EMETA), destinada a crianças de nove a 12 anos de idade. A amostra foi formada por 569 participantes, sendo 54,9% do gênero feminino e 45,1% do gênero masculino; 32% deles estavam matriculados em escolas privadas e 68% em escolas públicas. Do total de alunos, 26,2% tinham nove anos; 22,4%, 10 anos; 29,8% 11 anos e 21,7%, 12 anos. A distribuição dos participantes de acordo com os anos escolares foi a seguinte: 24,3%, 25,7%, 35,0% e 15%, respectivamente no 3º, 4º, 5º e 6º anos do Ensino Fundamental. Os resultados obtidos pela Análise Confirmatória indicaram que a EMETA apresenta melhor ajustamento ao modelo composto por dois fatores, a saber: a) Conhecimento Metacognitivo; e, b) Monitoramento Metacognitivo e Estratégias Cognitivas que explicam 34% da variância do instrumento com precisão de 0,805. A partir das evidências de validade e precisão acumuladas ao longo dos estudos, a próxima etapa para possibilitar a utilização da escala para outros profissionais seria a normatização da EMETA. Apoio financeiro: FAPESP

Resumo Apresentador 3

Os estilos intelectuais dizem respeito ao modo preferencial do indivíduo aprender, a expressão agrega tanto componentes afetivos, cognitivos e de personalidade envolvidos no aprendizado. Para tanto, trazer considerações contextuais e teóricas, bem como formas de mensuração por meio da concepção acerca dos constructos estilos intelectuais, de aprendizagem e cognitivos serão o foco deste estudo. Inicialmente haverá uma contextualização do conceito de aprendizagem sob a perspectiva do processamento da informação, subsidiando as demais considerações teóricas apresentadas. Na sequência serão apresentados os conceitos de estilos de aprendizagem, estilos cognitivos e estilos estilos intelectuais e como esses construtos vem sendo estudados nos âmbitos nacional e internacional. Sob esse aspecto, a apresentação também se propõe a trazer os estudos atuais e as respectivas evidencias de validades de instrumentos relativos aos construtos aqui apresentados. Por fim, serão apontadas as convergências e as discrepâncias entre as medidas e as implicações dos modelos empregados em cada uma para a prática psicoeducacional. Apoio Financeiro: CNPq

Resumo Apresentador 4

A habilidade de compreensão de leitura é complexa, pois requer que o leitor apresente diversificadas habilidades cognitivas. A interação entre essas habilidades é que favorece a conexão entre o leitor e o texto. Essa habilidade exige conhecimento vocabular, capacidade de decodificação, compreensão linguística e semântica, raciocínio inferencial, bem como comportamento criativo. Quanto mais elevado o potencial cognitivo do sujeito, melhor será sua compreensão em leitura, pois compreensão em leitura não é um ato mecânico, mas também exige leitura e visão de mundo. Importante é que a escola poderá ampliar esse potencial, o que torna relevante a sua mensuração. Avaliar a compreensão de leitura não é tarefa fácil, pois a medida empregada deverá contemplar tanto a compreensão linguística quanto a leitura contextual. Posto isso, uma técnica empregada para se avaliar a compreensão de leitura é a técnica de Cloze, originalmente proposta em 1953, ainda hoje constitui em meio eficaz para auxiliar no diagnóstico das dificuldades inerentes à leitura. Por ser bastante versátil pode ser empregada nos diferentes níveis da educação formal. Sob essa perspectiva, o objetivo do presente estudo é apresentar os estudos de evidência de validade do teste de Cloze nas diferentes etapas do ensino, quais sejam, ensino fundamental, médio e superior. Diferentes testes de Cloze serão apresentados, bem como os avanços nas pesquisas que conferem evidências de validade à técnica. Por fim, considerações acerca de implicações psicoeducacionais serão tecidas, especialmente quando se pensa na falta de políticas públicas que de fato promovam ações que possam diagnosticar e lidar com a baixa compreensão de leitura amplamente propalada. Apoio Financeiro: CNPq

Palavras-chave:
 Avaliação Psicoeducacional, Educação Formal, Construção instrumentos


Agência de fomento:
FAPESP e CNPq