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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 456-2

Mesa-Redonda


456-2

Contextos e questões na avaliação psicológica de crianças e adolescentes

Autores:
Tatiana Nakano1, Rauni Alves2, Leticia Dellazzana1, Jéssica Particelli1
1 PUC-CAMPINAS - Pontifícia Universidade Católica de Campinas, 2 UFMT - Universidade Federal do Mato Grosso

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

A mesa tem, como objetivo, enfocar diferentes contextos e questões na avaliação psicológica e crianças e adolescentes. Para isso, a avaliação de três diferentes construtos serão enfocados nessa faixa etária: a dislexia, projetos de vida e altas habilidades/superdotação, notadamente a construção de instrumentos para sua avaliação.

Resumo Apresentador 1

Questões na identificação das altas habilidades/superdotação: mitos, problemáticas e desafios Tatiana de Cassia Nakano As altas habilidades/superdotação tem sido definida como uma característica multidimensional, composta pela presença de um alto potencial, combinado ou isolado, nas áreas intelectual, acadêmica, de liderança e psicomotricidade, além de manifestar uma elevada criatividade, um alto envolvimento com a aprendizagem e também com a realização de tarefas de seu interesse. Ainda que a relevância de seu estudo esteja em foco nas últimas décadas, principalmente no contexto internacional, alguns problemas e dificuldades ainda se fazem presentes, notadamente a presença de mitos associados ao fenômeno, problemáticas ainda presentes (aspecto multidimensional e heterogêneo dos indivíduos e dificuldades na identificação e encaminhamento das crianças para um atendimento especializado) e uma série de desafios que precisam ser superados pela Psicologia (relacionados principalmente dificuldades na identificação e ausência de instrumentos específicos para essa população). Tais questões apontam para a necessidade de uma série de trabalhos na temática, voltados, principalmente, para trabalhos de esclarecimento em todos os níveis (pais, profissionais, professores, pesquisadores e população em geral), bem como a uma maior atenção para a área, por parte da Psicologia e, notadamente, da avaliação psicológica, a fim de que essa população específica não seja prejudicada pela ausência de uma avaliação adequada e, consequentemente, a falta de atendimento e cuidado necessário às suas especificidades sociais e educacionais.

Resumo Apresentador 2

Análise de publicações nacionais e internacionais sobre instrumentos de triagem para avaliação da dislexia Rauni Jandé Roama Alves Instrumentos de triagem, ou também denominados de screening, têm sido desenvolvidos com o objetivo de fornecer a avaliação breve de habilidades neuropsicológicas e de desempenho escolar que possam ser indicativos da dislexia. O objetivo desse trabalho foi o de identificar produções científicas nacionais e internacionais que tiveram como foco propor, construir e/ou validar instrumentos desse porte. Foram investigadas as bases de dados do Google Acadêmico, Scielo e Pubmed, sem especificação de tempo (ressalta-se somente que a pesquisa foi realizada em abril de 2016). Elencou-se tanto teses, dissertações como artigos. Os descritores utilizados foram “dyslexia test”, “dyslexia screening”, “dyslexia assessment”, e também suas respectivas traduções para o português. Foram encontrados 12 instrumentos internacionais: (1) Screening test for dyslexia; (2) Bangor dyslexia test; (3) The cognitive profiling system for assessment of dyslexia and special education needs; (4) International dyslexia test; (5) An evaluation of the psychometric properties of the testo os dyslexia and dysgraphia; (6) Trinity early screening test for dyslexia; (7) Early dyslexia identification test; (8) Dyslexia early screening test; (9) Sweden-Swedish DUVAN (Dyslexiscreening för ungdomar och vuxna) Test; (10) Lucid adult dyslexia screening; (11) Revised adult dyslexia checklist; (12) Adult dyslexia checklist. Nacionalmente foram encontrados dois: (1)Teste exploratório de dislexia específica; (2) Teste para identificação de sinais de dislexia. As habilidades mais comumente avaliadas em todos esses testes foram: consciência fonológica (repetição e ditado de pseudopalavras, produção e identificação de rima); habilidades grafo-motoras; memória e memória operacional. Os estudos de evidências de validade foram raramente encontrados. Verificou-se também que a grande maioria dos instrumentos era voltada para a aplicação em ambiente escolar, no intuito de favorecer o encaminhamento de crianças com risco para dislexia. Esse estudo permitiu averiguar a importância dada, principalmente em âmbito internacional, para a formulação desses instrumentos, que viabiliza consistentemente o diagnóstico precoce da dislexia.

Resumo Apresentador 3

Escala de Projetos de Vida para Adolescentes: aplicação em grupos focais para verificação de sua adequação Jessica Particelli Gobbo Letícia Lovato Dellazzana Zanon A Escala de Projetos de Vida para Adolescentes (EPVA) visa avaliar os projetos de vida de adolescentes e é composta pelas dimensões: Relacionamentos Afetivos, Estudo, Trabalho, Aspirações Positivas, Bens Materiais, Religião/Espiritualidade e Sentido da Vida. Para fins da construção da escala, foram desenvolvidos três estudos. Neste trabalho, apresentam-se os resultados do terceiro estudo, cujo objetivo foi verificar a adequação dos itens para a faixa etária selecionada. Participaram 18 estudantes matriculados no 9º ano do Ensino Fundamental e do 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio de uma escola estadual de uma cidade do interior de São Paulo. As idades variaram entre 14 e 17 anos, sendo 13 participantes do gênero feminino. Utilizou-se a segunda versão da EPVA, composta por 91 itens. Para fins da realização dos grupos focais, organizou-se uma apresentação no PowerPoint contendo a instrução para responder a EPVA e todos os itens que a compõem. Foi solicitado aos componentes de cada grupo que dissessem o que entenderam que e sugerissem, caso necessário, melhorias para cada item. Inicialmente, realizaram-se quatro grupos separados quanto à idade (14, 15, 16 e 17 anos). Com a EPVA reformulada, realizou-se um quinto grupo composto por 11 dos 18 adolescentes que haviam participado dos grupos anteriores, com idades variadas. Somente os itens reformulados (22 itens) foram apresentados para esse grupo. Os resultados indicaram que os adolescentes mais novos (14 anos) tiveram mais dificuldades quanto à compreensão dos itens e os adolescentes mais velhos mostraram mais facilidade para compreendê-los. A partir desse estudo, 21 itens foram reformulados, cinco itens foram excluídos e um item foi transformado em dois para melhor compreensão dos adolescentes. Assim, a EPVA passou a ter 87 itens. Pode-se dizer que o contado direto com adolescentes propiciou melhorias importantes na EPVA e que a escala se encontra adequada para a linguagem adolescente.

Resumo Apresentador 4



Palavras-chave:
 superdotação, dislexia, projetos de vida


Agência de fomento:
CNPq