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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 483-1

Mesa-Redonda


483-1

AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA DAS DEMÊNCIAS – INTEGRAÇÃO DE SABERES

Autores:
CORRÊA, J. D. A.M.1, SILVA, L. E.1, MELLO, R. C. M.1
1 UFF - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

A mesa compõe-se de três palestras integrando os temas envelhecimento cognitivo e possíveis desdobramentos, comprometimento cognitivo leve, demência e avaliação neuropsicológica dentro do modelo envolvendo cognição e meio ambiente. Na primeira palestra busca-se discutir a grande preocupação atual com o declínio cognitivo no envelhecimento, na medida que a expectativa de vida no mundo aumento ao longo dos anos. Conjugada a essa preocupação, ressalta-se o aumento das síndromes demenciais geradas pelo declínio progressivo das funções cognitivas diretamente proporcionais ao envelhecimento. Na segunda palestra, pretende-;se discutir a interação dos modelos ecológicos visando ampliar os parâmetros da avaliação neuropsicológica através da inclusão de testes e instrumentos de avaliação buscando juntar o sujeito avaliado à realidade que o rodeia na sua existência. Na terceira palestra apresenta-se o desenvolvimento de um processo amplo de avaliação neuropsicológica realizado em um centro de referência de assistência à saúde do idoso integrante de um hospital universitário.

Resumo Apresentador 1

ENVELHECIMENTO E COGNIÇÃO. Introdução: Observa-se o envelhecimento da população mundial ao longo dos anos. No entanto, da mesma forma que o aumento da expectativa de vida é uma vitória, questões subjacentes começam a aparecer; como problemas de saúde, problemas psicossociais e econômicos. Atualmente, cerca de 5% da população idosa apresenta quadro de demência, que aumenta com a idade e, notadamente a partir dos 65 anos, dobra a cada cinco anos. Na América Latina estima-se que até 2040 haverá um aumento de 393% de casos de demência, sendo que no Brasil, em torno de um milhão de pessoas são afetadas pelo problema. O envelhecimento vem recebendo cada vez mais atenção por parte de profissionais e pesquisadores da área de gerontologia, neurociências e neuropsicologia, além dos responsáveis por formular políticas públicas. Uma das grandes preocupações é o declínio cognitivo, o que se justifica tendo em vista que com o envelhecimento, podem ocorrer alterações cognitivas, especialmente a memória. Objetivo: Apresentar a questão atual do declínio cognitivo no envelhecimento à luz dos conceitos neuropsicológicos e ecológicos. Método: Revisão da literatura geronto-geriátrica e neuropsicológica agregando-se conceitos ecológicos. Resultados: A demência está associada com o declínio progressivo do funcionamento das funções cognitivas, principalmente a perda da memória, bem como o comprometimento das atividades da vida diária. As queixas de memória inicialmente são relatadas como esquecimento de fatos recentes, repetição de falas, perda de objetos, dinheiro, desorientação temporal e espacial que gradativamente vai aumentando até comprometer o entendimento de instruções mais simples. Conclusão: Essa nova realidade traz grandes desafios como a necessidade de investimentos em políticas públicas de saúde voltadas para o envelhecimento para que possa intervir o mais breve possível com o objetivo de retardar o surgimento de prejuízos associados ao declínio cognitivo e à demência além de proporcionar aumento do nível de qualidade de vida ao indivíduo.

Resumo Apresentador 2

QUALIDADE DE VIDA E ANÁLISE ECOLÓGICA NA AVALIAÇÃO DAS DEMÊNCIAS NA VELHICE. Introdução: O envelhecimento representa um complexo de alterações fisiológicas, comportamentais e sociais. Desde o nascimento o ser humano se desenvolve e permanece moldado por modos estrategicamente particulares de superar e conviver com vicissitudes e adversidades do mundo ao redor. Novos estágios de vida não podem ser entendidos sem considerar seu estar no mundo desde o nascimento. Ecologicamente, ele está envolto pelo mundo real e sua existência sofre interferências desse ambiente, onde desenvolve sua vida com qualidade nem sempre satisfatória. Na senescência ou na senilidade, a qualidade de vida pode apresentar-se diminuída. Com a evolução da demência, torna-se mais difícil avaliar diretamente esse aspecto. Tal fato exige que o avaliador busque na família informações dos estágios anteriores de sua vida que permitam comparar comportamentos pré-existentes com o momento atual, em termos de sua relação com o meio em que vive. Objetivo: Discutir modelos ecológicos propostos para compreender o desenvolvimento humano, a inserção de elementos ecológicos em instrumentos de avaliação neuropsicológica das demências e de modelos concebidos para a avaliação da qualidade de vida de idosos do ponto de vista da análise ecológica das demências. Método: Pesquisa bibliográfica sobre modelos ecológicos, instrumentos psicométricos e de avaliação da qualidade de vida. Resultados: A partir da identificação de instrumentos disponíveis para a avaliação da qualidade de vida na demência, foi possível discutir a importância da ampliação dos aspectos ecológicos e a inserção dessa dimensão avaliativa nas avaliações neuropsicológicas. Em decorrência, o trabalho realizado com idosos em hospital universitário mostram a eficácia da inserção dos conceitos ecológicos e de qualidade de vida para aumentar a abrangência da avaliação neuropsicológica na demência. Conclusão: Os resultados preliminares mostram a importância de aplicação de modelos ecológicos e de qualidade de vida ao processo de avaliação neuropsicológica.

Resumo Apresentador 3

AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA DAS DEMÊNCIAS E ECOLOGIA: UMA INTEGRAÇÃO NECESSÁRIA. Introdução: A natureza multifacetada do Ser humano faz com que a avaliação neuropsicológica torne-se um processo complexo com nuances variadas que não podem escapar à percepção do avaliador. No Brasil, onde a prática da avaliação neuropsicológica se desenvolve ainda de forma incipiente, existe atualmente um grande esforço de ampliação de teorias e o desenvolvimento de modelos atualizados que deem conta da tarefa de avaliar. Objetivo: Apresentar o panorama atual da neuropsicologia no Brasil, seus avanços e aperfeiçoamento de métodos e propostas voltados para a avaliação neuropsicológica das demências considerando os aspectos ecológicos e de qualidade de vida. Método: A apresentação será composta por uma introdução com a descrição do modelo neuropsicológico clássico e as novas tendências que ampliam o aspecto do processo na avaliação do indivíduo idoso. Resultados: O grande número de pesquisas e artigos científicos e práticas clínicas no Brasil e no mundo mostram a inserção da neuropsicologia e da avaliação neuropsicológica ligadas à saúde do idoso e especificamente à demência. Conclusão: A avaliação neuropsicológica, ampliada pelos avanços atuais, é hoje um método reconhecido no diagnóstico das demências, servindo como linha de base para a reabilitação do aparato cognitivo de idosos.

Resumo Apresentador 4



Palavras-chave:
 AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA, DEMÊNCIA, IDOSOS, ENVELHECIMENTO COGNITIVO, COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE


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