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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 484-2

Mesa-Redonda


484-2

ANÁLISE PROFISSIOGRÁFICA E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: PRINCIPAIS ASPECTOS, LIMITAÇÕES E SOLUÇÕES.

Autores:
CAETANO, P. F.1,2, Ribeiro, A. F.1,2, Pereira, D. A.3,2, Barbosa, B. S.1,2, Romão, D. M. M. 4, Fabri, S. 4
1 CEBRASPE - Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção, 2 COGMETRICS - Laboratório de Psicometria Avançada, 3 IBNEURO - Instituto Brasiliense de Neuropsicologia Cognitiva Ltda, 4 SENASP/MJ - Secretaria de Segurança Pública do Ministério da Justiça

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

ANÁLISE PROFISSIOGRÁFICA E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: PRINCIPAIS ASPECTOS, LIMITAÇÕES E SOLUÇÕES. Patrícia Fagundes Caetano (Cebraspe - Centro Brasileiro de Seleção e Promoção de Eventos; Cogmetrics - Laboratório de Psicometria Avançada). A etapa de avaliação psicológica de concursos públicos deve ser realizada com base na análise profissiográfica ou estudo científico do cargo, conforme exigências previstas na Resolução do Conselho Federal de Psicologia - CFP nº 002/2016 e no Decreto nº 7.308/2010. Nesse sentido, a presente mesa tem como objetivo discutir a metodologia de análise profissiográfica e a forma como utilizá-la na realização da etapa de avaliação psicológica de concursos públicos. Ao todo serão apresentados três trabalhos. No início, será exposto um panorama geral sobre tal metodologia e seus principais aspectos. Em seguida, será apresentado um estudo de caso, referente a uma pesquisa realizada, por meio da Secretaria de Segurança Pública do Ministério da Justiça, intitulada “Estudo científico do cargo de Perito Criminal”. Por último, serão discutidas as limitações existentes relativas a essa metodologia, especificamente, no que se refere as análises estatísticas dos dados. A partir de estudos realizados, recomendações psicométricas serão feitas para adequação dessas análises à definição dos critérios de avaliação psicológica.

Resumo Apresentador 1

ANÁLISE PROFISSIOGRÁFICA: METODOLOGIA E PRINCIPAIS ASPECTOS ENVOLVIDOS. Anamara Ferreira Ribeiro, Patrícia Fagundes Caetano e Beatriz Santos Barbosa (Cebraspe - Centro Brasileiro de Seleção e Promoção de Eventos; Cogmetrics - Laboratório de Psicometria Avançada). Atualmente, é possível notar que os indivíduos ocupam um papel estratégico dentro das organizações na medida em que podem interferir, positivamente ou não, para o alcance dos seus objetivos e dos resultados esperados. Nesse sentido, a Análise Profissiográfica é uma ferramenta gerencial que pode auxiliar as políticas e práticas de gestão de pessoas, visto que contribui com o estudo sistemático e aprofundado de todo o processo de trabalho referente ao cargo, bem como do perfil necessário ao seu exercício. No caso de instituições públicas, tal ferramenta é imprescindível para realização da etapa de Avaliações Psicológicas em Concursos Públicos, conforme exigências previstas pela Resolução do Conselho Federal de Psicologia nº 002/2016 e pelo Decreto nº 7.308/2010. Assim, o presente trabalho visa apresentar a metodologia de Análise Profissiográfica e os principais aspectos envolvidos. Criada por Pasquali em 1978, a Profissiografia ou Estudo científico do cargo é realizada a partir do levantamento da missão do cargo, das tarefas que o compõem e suas respectivas ações, dos aspectos facilitadores e dificultadores do trabalho, bem como dos requisitos psicológicos necessários e restritivos ao exercício do cargo. Dentre as etapas que compõem tal metodologia, destacam-se: realização de grupo focal; construção de instrumento profissiográfico; validação do instrumento; aplicação de instrumento em uma amostra representativa do cargo e; análise dos dados e elaboração do relatório técnico. Além de sua aplicação no contexto de seleção de pessoal (avaliação psicológica), a profissiografia também oferece subsídios para cursos de formação, já que é possível identificar os aspectos mínimos a serem abordados nas disciplinas ministradas. Ressalta-se que, por meio dessa metodologia, é possível verificar tanto o perfil real quanto o perfil ideal necessário ao exercício do cargo, contribuindo, assim, para o direcionamento e planejamento de políticas e estratégias de gestão de pessoas mais condizentes com a realidade das instituições.

Resumo Apresentador 2

PROFISSIOGRAFIA E MAPEAMENTO DE COMPETÊNCIAS: ESTUDO CIENTÍFICO DO CARGO DE PERITO CRIMINAL. Patrícia Fagundes Caetano (Cebraspe - Centro Brasileiro de Seleção e Promoção de Eventos; Cogmetrics - Laboratório de Psicometria Avançada); Davi Mamblona Marques Romão (Secretária de Segurança Pública do Ministério da Justiça); Sandra Fabri (Secretária de Segurança Pública do Ministério da Justiça). Estudos voltados para a análise profissiográfica e o mapeamento de competências de cargos direcionam políticas de gestão de pessoas como processos de recrutamento e seleção, treinamento, avaliação de desempenho, reestruturação de cursos de formação, dentre outros. O perfil profissiográfico, principal produto de um estudo científico do cargo, é uma das exigências legais previstas para realização de Avaliações Psicológicas em Concursos Públicos. O presente trabalho tem o objetivo de apresentar o estudo científico do cargo de Perito Criminal, realizado em âmbito nacional, nas Instituições de Perícia Criminal. A metodologia empregada no estudo constituiu-se por sete etapas: planejamento da pesquisa; delimitação do foco de análise; realização de grupo focal; construção do instrumento profissiográfico e de competências; validação semântica de juízes; validação estatística por meio de pesquisa online, e; análise estatística dos dados coletados (frequência, média e desvio padrão). A amostra foi composta por 301 peritos criminais, sendo a maioria dos participantes do sexo masculino, casados, com idades variando entre 24 a 69 anos e residentes na região Sudeste. Ao todo, foram mapeadas 13 tarefas como pertencentes ao cargo de Perito Criminal, avaliadas pelos participantes em termos de importância, frequência e dificuldade. Foram identificadas também 22 competências técnicas e 50 competências comportamentais consideradas como necessárias ao desempenho no cargo, analisadas em termos de importância e domínio. Ademais, foram avaliados cinco requisitos restritivos ao cargo, quatro condições facilitadoras e 26 dificultadoras do trabalho. O presente estudo apresentou um breve diagnóstico do cargo de Perito Criminal no país e aponta para a importância de se repensar, planejar e executar cuidadosamente as ações relacionadas a toda trajetória de um profissional dentro de sua instituição, ou seja, da seleção ao desligamento. Nesse sentido, tornam-se necessários, cada vez mais, processos seletivos embasados no real perfil do cargo/área e que exijam avaliações psicológicas mais rigorosas.

Resumo Apresentador 3

RECOMENDAÇÕES PSICOMÉTRICAS PARA ESTUDOS PROFISSIOGRÁFICOS E MAPEAMENTO DE COMPETÊNCIAS. Danilo Assis Pereira (IBNeuro – Instituto Brasileiro de Neuropsicologia e Ciências Cognitivas; CogMetrics – Laboratório de Psicometria Avançada). Os estudos de profissiografia e mapeamentos de competências de cargos são, muitas vezes, realizados por meio da aplicação de questionários (surveys) de auto relatos. No entanto, deve-se lidar com vários aspectos dos respondentes para evitar respostas com tendência a concordar ou discordar plenamente. Três tipos de técnicas podem ser utilizadas para melhorar a qualidade dos dados: a) triagem direta: inserir itens adicionais permitindo avaliar cada participante com base em respostas específicas; b) triagem de arquivo: foca no padrão de respostas dos respondentes; c) triagem estatística: detecta respostas aberrantes. Estatísticas foram comparadas, incluindo a tradicionalmente utilizada com base na média e desvio padrão dos itens; que pressupõe que a escala Likert é contínua. Uma alternativa robusta foi analisada, onde a média é aparada em 20% e a variância Winsorizada. Estes resultados foram comparados com outros métodos que pressupõem uma escala categórica e ordinal como a análise de frequência das categorias e as diferenças entre todos os decis através da estimativa Harrell-Davis, com bootstrap percentil. O modelo de crédito parcial (PCM) também foi utilizado. Os resultados mostraram que diferentes métodos levaram à diferentes resultados quando o objetivo era identificar a posição ou a ordem de importância ou domínio dos requisitos psicológicos e competências dos cargos. A média robusta (aparada em 20%) mostrou-se mais próxima dos resultados obtidos pelos modelos de regressão logística, como o modelo PCM, exceto para os casos onde os valores são extremamente próximos. A utilização da média para determinar a tendência central com o propósito de localizar e posicionar as tarefas, requisitos psicológicos e competências não é recomendada. Matematicamente, o modelo PCM é mais confiável e recomenda-se seu uso neste tipo de estudo.

Resumo Apresentador 4



Palavras-chave:
 Profissiografia, Perfil profissiográfico, Avaliação psicológica, Estudo científico do cargo, Análises psicométricas