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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 537-1

Poster (Painel)


537-1

ESTUDO DE CASO: OFICINAS DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL COM JOVENS INSTITUCIONALIZADOS.

Autores:
CUNHA, M.1, Oliveira1
1 UFTM - UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

Resumo:
Resumo Geral

A institucionalização na adolescência evidencia aspectos desenvolvimentais de risco como o autoconceito e autoestima negativos, desinteresse e/ou fracasso acadêmico, abandono escolar e padrões de comportamento desviante, assim como comprometimento no desenvolvimento global. Em resposta a estes riscos, salienta-se a importância dos programas de intervenção que impliquem a aquisição de competências de vida, principalmente de orientações da carreira, as quais proporcionam condições de planejamento e construção do sujeito, desenvolvendo a autonomia para superação das condições adversas que vivenciam. Objetivo deste estudo foi descrever a experiência de oficinas de Orientação Profissional com adolescentes em situação de vulnerabilidade, analisando seus discursos e projeções futuras. Foram realizadas ao todo 10 oficinas semanais com duração de 1 hora cada. Participaram das oficinas 9 meninas de 11 a 14 anos institucionalizadas em uma Casa de Proteção em Uberaba-MG. Os instrumentos utilizados foram técnicas de orientação profissional adaptadas às adolescentes. Os resultados obtidos pela experiência foram a educação sobre trabalho e profissões, o início do desenvolvimento de planejamento profissional e a exploração de possibilidades diante do contexto deste grupo. Através das oficinas as jovens puderam refletir sobre suas potencialidades diante do futuro profissional. Evidenciou-se a institucionalização associada à percepção de incerteza relativa ao futuro, bem como sensação de reduzido controle dos percursos de vida e ideações estigmatizadas de sucesso e futuro profissional. Com efeito, a situação de institucionalização depende de fatores externos às adolescentes, como o judiciário e a reorganização das condições de vida da família, entretanto existe o desejo unânime de desinstitucionalização e retorno à família. Ainda assim, o futuro e o trajeto principalmente profissional são vistos com despertencimento, sendo pouco associado ao senso de responsabilização pelos resultados conquistados, o que torna perceptível a urgência de mais trabalhos similares com jovens institucionalizados.

Palavras-chave:
 OFICINA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL, JOVENS INSTITUCIONALIZADOS, VULNERABILIDADE, CARREIRA