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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 551-1

Mesa-Redonda


551-1

Avaliação de sintomas depressivos nos diferentes ciclos da vida

Autores:
SERPA, A. L.O.1, Borges, L.2, BAPTISTA, M. N.2, ARGIMON, I. I. L.3
1 HOGREFE - Editora Hogrefe CETEPP, 2 USF - Universidade São Francisco, 3 PUC-RS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

A depressão tem se tornado cada vez mais um problema de saúde pública em diversos países do mundo, afetando pessoas nos diferentes ciclos da vida. Ela pode se manifestar por meio de diferentes sintomas e intensidade, trazendo prejuízos em diferentes contextos da vida do indivíduo, podendo levar até mesmo à morte. Para que se possa orientar corretamente o investimento em prevenção, é necessário rastrear adequadamente os sintomas de modo que enderecem os recursos e esforços de prevenção de maneira eficiente. Desse modo, é necessário que existam ferramentas de avaliação psicológica que sejam capazes de produzir informações que permitam ao profissional descrever e discriminar com precisão características de saúde mental comuns e específicas em todas as faixas etárias, na medida em que são observados padrões sintomatológicos e clínicos distintos para a depressão em cada um deles. Assim, o objetivo desta mesa é apresentar instrumentos psicológicos disponíveis no Brasil para o rastreamento da sintomatologia depressiva nos diferentes estágios do desenvolvimento humano. No primeiro estudo, será apresentada uma bateria de avaliação ampla de indicadores depressivos para crianças e adolescentes, seus parâmetros psicométricos e os estudos de validade realizados até o momento. Em seguida, serão apresentadas alternativas para o rastreio de sintomas depressivos na vida adulta, em diferentes contextos, por meio da apresentação da família de escalas EBADEP. Ao final, serão descritos os resultados da utilização do Teste Wisconsin de Classificação de Cartas para a identificação de prejuízos funcionais em idosos com e sem sintomatologia depressiva. Por fim, pretende-se discutir lacunas e avanços que permitam orientar a construção e o desenvolvimento de novas ferramentas de avaliação psicológica.

Resumo Apresentador 1

A depressão tem se tornado cada vez mais um problema de saúde pública em diversos países do mundo, afetando pessoas nos diferentes ciclos da vida. Ela pode se manifestar por meio de diferentes sintomas e intensidade, trazendo prejuízos em diferentes contextos da vida do indivíduo, podendo levar até mesmo à morte. Para que se possa orientar corretamente o investimento em prevenção, é necessário rastrear adequadamente os sintomas de modo que enderecem os recursos e esforços de prevenção de maneira eficiente. Desse modo, é necessário que existam ferramentas de avaliação psicológica que sejam capazes de produzir informações que permitam ao profissional descrever e discriminar com precisão características de saúde mental comuns e específicas em todas as faixas etárias, na medida em que são observados padrões sintomatológicos e clínicos distintos para a depressão em cada um deles. Assim, o objetivo desta mesa é apresentar instrumentos psicológicos disponíveis no Brasil para o rastreamento da sintomatologia depressiva nos diferentes estágios do desenvolvimento humano. No primeiro estudo, será apresentada uma bateria de avaliação ampla de indicadores depressivos para crianças e adolescentes, seus parâmetros psicométricos e os estudos de validade realizados até o momento. Em seguida, serão apresentadas alternativas para o rastreio de sintomas depressivos na vida adulta, em diferentes contextos, por meio da apresentação da família de escalas EBADEP. Ao final, serão descritos os resultados da utilização do Teste Wisconsin de Classificação de Cartas para a identificação de prejuízos funcionais em idosos com e sem sintomatologia depressiva. Por fim, pretende-se discutir lacunas e avanços que permitam orientar a construção e o desenvolvimento de novas ferramentas de avaliação psicológica.

Resumo Apresentador 2

A depressão infantil vem sendo estudada desde meados da década de 1970. Trata-se de um transtorno do humor que afeta diversas áreas da vida do ser humano, como cognitiva, social, emocional, motivacional, escolar, entre outras. A avaliação da depressão em crianças e adolescentes não é uma tarefa fácil, o que pode ser justificado por inúmeros motivos. Dentre eles, comportamentos e atitudes próprios do desenvolvimento, como a irritabilidade comum no período da puberdade; falta de instrumentos sensíveis para o rastreamento dos sintomas depressivos e a também a comorbidade com outros problemas emocionais. Entretanto, são utilizados alguns indicadores afim de compreender e definir critérios de avaliação da depressão. Com base nisso, o presente estudo teve como objetivo construir e validar Bateria de Avaliação de Indicadores de Depressão Infantojuvenil (BAID-IJ). A Bateria é composta por 7 escalas, que se propõe a medir os sintomas principais da depressão, solidão, desamparo, autoestima, autoconceito, autoeficácia e desesperança. A BAID-IJ possui 111 itens que são respondidos em formato do tipo Likert de três pontos. Participaram do estudo 976 estudantes de 8 a 18 anos de idade, matriculados no ensino fundamental I ( < i > n < /i > = 209; 21,42%), fundamental II ( < i > n < /i > = 497; 50,92) e médio ( < i > n < /i > = 270; 27,66%) em duas escolas públicas do interior do estado de Minas Gerais, Brasil. A maioria era do sexo feminino ( < i > n < /i > = 516; 53%), sendo a média de idade de 15,16 anos ( < i > DP < /i > = 2,86. Os instrumentos utilizados foram a (BAID-IJ), a Escala Baptista de Depressão Infanto-juvenil (EBADEP-IJ), a < i > Revised < /i > UCLA < i > Loneliness Scale < /i > , a Escala de Autoestima de Rosenberg (EAR), a Escala de Desesperança para Crianças (HSR) e a Escala Infantil Piers-Harris de Autoconceito. Os resultados indicaram que a BAID-IJ vem apresentando parâmetros psicométricos adequados.

Resumo Apresentador 3

A depressão representa um problema de saúde pública em todos os países desenvolvidos e em desenvolvimento. Um dos grandes problemas dos profissionais e sistemas de saúde é o hábito no rastreamento da sintomatologia depressiva, já que se sabe que muitas pessoas com possível diagnóstico não são detectadas nem tampouco tratadas. Nesse sentido, escalas que auxiliam no rastreamento de sintomatologia clinicamente significativa da depressão são importantes ferramentas para os profissionais de saúde, já que indicam possíveis casos para uma avaliação mais minuciosa. As escalas que avaliam depressão podem ser bastante diferentes entre si, como por exemplo, na quantidade de itens que avaliam sintomas cognitivos, afetivos, somáticos/vegetativos e sociais, número de itens, formato de resposta e normatização. O objetivo proposto nesta apresentação é o de apresentar a família de escalas denominadas Escalas Baptista de Depressão (EBADEP), que atualmente conta com a aprovação da versão adulta e outras versões estão em finalização e/ou estudos avançados, ou seja, as versões infanto-juvenil, idosos e hospitalar ambulatorial. Provavelmente as EBADEP são pioneiras em termos de construção, validação e normatização de escala de depressão brasileiras. Todas as versões foram desenvolvidas levando-se em consideração descritores dos principais manuais psiquiátricos vigentes, tais como o DSM e o CID, além das teorias cognitiva e comportamental. Serão apresentados dados de construção e psicométricos de todas as versões, assim como suas principais características e utilidades no cenário nacional. A possibilidade de se ter opções de escalas no rastreamento de sintomatologia depressiva desenvolvidas no Brasil pode auxiliar na escolha mais adequada de instrumentos no rastreio e pesquisa desse fenômeno complexo.

Resumo Apresentador 4

Considerando a possível presença de prejuízos funcionais no desempenho da tarefa no WCST em idosos com depressão o < b > objetivo < /b > deste trabalho foi de avaliar idosos com e sem depressão. < b > Método < /b > : O enfoque metodológico foi de uma pesquisa descritiva, quantitativa com delineamento transversal. < b > Amostra < /b > : Foi constituída por dois grupos, sendo o Grupo I com 38 idosos, com idade igual ou superior a 60 anos, com diagnóstico de Transtorno Depressivo Maior e o Grupo II com 123 idosos da população geral. < b > Instrumentos < /b > : ficha de dados sociodemográficos, Inventário de Depressão de Beck e o Teste Wisconsin de Classificação de Cartas. < b > Resultados < /b > : Quanto as características sociodemográficas do Grupo I a idade variou de 61 anos a 82 anos, média 70,6 (DP 6,6), a maioria era do sexo feminino (76%). Média de escolaridade 8,7 anos (DP 4,6). No Grupo II a idade variou de 60 a 88 anos, média 70,2 anos (DP 7,1). A maioria do sexo feminino (80,5%). Média de escolaridade 9,9 anos (DP 4,6). A análise comparativa entre os dois grupos foi realizada entre as médias por meio do teste t de Student para os indicadores com distribuição normal. Os dois grupos tiveram desempenhos equivalentes. O que se percebe é uma tendência à significância nos indicadores 3, 4 e 12. O grupo com Transtorno Depressivo Maior apresentou maior número absoluto de erros no teste (p < 0,052) e menor proporção de respostas de nível conceitual (p < 0,064). Em síntese a análise do desempenho no teste WCST em idosos depressivos mostrou que apesar de ambos os grupos apresentarem resultados equivalentes, os idosos com depressão mais grave mostraram um maior Número Total de Erros cometidos ao realizar a tarefa e um menor percentual de Respostas de Nível Conceitual, indicando que cometem mais erros. Quanto mais grave a depressão maior os prejuízos cognitivos no desempenho das tarefas no WCST.

Palavras-chave:
 avaliação psicológica, saúde mental, depressão, depressão infantil, crianças e adolescentes