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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 567-2

Mesa-Redonda


567-2

Rastreamento Comportamental, Cognitivo e Adaptativo nos Transtornos do Espectro do Autismo

Autores:
FUMAGALLI, M.R.1, Schoen, T.H.2, MECCA,T.P.3
1 UNINOVE - Universidade Nove de Julho, 2 UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo, 3 UNIFIEO - Centro Universitário FIEO

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Título: Rastreamento Comportamental, Cognitivo e Adaptativo nos Transtornos do Espectro do Autismo. Márcia Regina Fumagalli Marteleto- Universidade Nove de Julho Teresa Helena Schoen - Universidade Federal de São Paulo Tatiana Pontrelli Mecca - Centro Universitário FIEO Os marcos de desenvolvimento permitem que se tenha uma ideia geral sobre o progresso da criança a partir do que é esperado em cada faixa etária. Os problemas de desenvolvimento são detectados a partir dos insucessos adaptativos, embora os marcos sejam bastante elásticos devido a variáveis individuais e socioculturais. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno neurodesenvolvimental, caracterizado pelo prejuízo na comunicação e interação social recíproca e por padrões repetitivos de comportamento, interesses ou atividades (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders - 5th ed. [DSM-5], APA, 2014). Esses prejuízos estão presentes desde a primeira infância, sendo manifestados de formas variadas considerando as características de cada indivíduo e do seu ambiente. Por conta de não se ter informações precisas sobre o real desenvolvimento da criança, o diagnóstico dos problemas, ainda hoje, acaba sendo tardio, o que dificulta um bom prognóstico. Atualmente há uma força-tarefa no sentido de fazer um rastreamento precoce de sinais e sintomas da patologia por meio de instrumentos de avaliação que possam triar atrasos ou desvios em crianças com suspeita de autismo e assim, promover uma intervenção mais precoce, para que ela tenha condições de superar suas dificuldades e ser inserida no contexto social com menos sofrimento para si e sua família. O objetivo desta mesa redonda é apresentar os trabalhos realizados com instrumentos de rastreio comportamental e adaptativo, que são utilizados em crianças com suspeita de autismo infantil, para ajudar no diagnóstico diferencial e no encaminhamento adequado.

Resumo Apresentador 1

Título: Autism Behavior Checklist (ABC/ICA): Seu poder psicométrico e sua utilização na prática profissional e pesquisas. Nome do Autor 1: Márcia Regina Fumagalli Marteleto Instituição de origem Autor 1: Universidade Nove de Julho Resumo Autor 1: A detecção do autismo e outras desordens globais do desenvolvimento em crianças muito jovens é bastante difícil ,pois os atrasos podem não ser identificados até que a criança tenha oportunidade de interagir socialmente em outros ambientes que não o familiar.O diagnóstico precoce é muito importante já que quanto antes for realizada a intervenção, melhor será o prognóstico da criança permitindo que esta desenvolva habilidades sociais, comunicativas e diminuição de comportamentos estereotipados. Sempre houve o interesse e a necessidade de fazer intervenções na patologia através da observação e do diagnóstico destas crianças. Com o Autismo sendo enquadrado dentro dos Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (CID-10), foi possível o emprego de instrumentos de avaliação que possibilitassem a observação e o julgamento dos comportamentos da criança para um diagnóstico diferencial. Ao diagnosticar uma criança como portadora de um Transtorno, diversos instrumentos de mensuração foram elaborados. Estes instrumentos servem para medir progressos e avaliar intervenções, mas é necessário que o profissional de saúde tenha conhecimentos da psicometria e do poder psicométrico dos testes e escalas psicológicas utilizadas neste processo. O objetivo desta apresentação é apresentar o poder psicométrico do Autism Behavior Checklist (ABC/ICA) e sua utilização na pesquisa e prática clínica.

Resumo Apresentador 2

Título: Rastreamento adaptativo e social relacionado ao grau de severidade da patologia: Vineland e ABC Nome do Autor 2: Teresa Helena Schoen Instituição de origem Autor 2: Universidade Federal de São Paulo Resumo Autor 2: A adaptação social diz respeito às habilidades para realização de atividades diárias necessárias para a autonomia pessoal. (Sparrow et al, 1984; Bildt et al, 2005). Alguns dos marcos como aquisição da linguagem, da marcha, outras habilidades motoras e autonomia para atividades de vida diária, são mais fáceis de serem detectados pela família e relatados aos profissionais e podem ser indicativos de que algo não está indo bem com o desenvolvimento da criança. Alguns instrumentos permitem triar atrasos ou desvios de forma clara e objetiva, facilitando aos profissionais a identificação de crianças com risco para o desenvolvimento.Os Transtornos do Espectro Autístico caracterizam-se por prejuízos nas áreas de interação social, comunicação e interesses (APA, 2014). As manifestações comportamentais variam amplamente em termos do grau de severidade, e afetam invariavelmente o domínio adaptativo e social dos indivíduos acometidos por estas condições. Este trabalho pretende apresentar a correlação da severidade de manifestações comportamentais de crianças e adolescentes com TEA ao comprometimento na adaptação social por meio da Vineland e do ABC/ICA.

Resumo Apresentador 3

Título:Avaliação não verbal de inteligência nos Transtornos do Espectro do Autismo Nome do Autor 3: Tatiana Pontrelli Mecca. Instituição de origem Autor 3: Centro Universitário Fieo e Universidade Presbiteriana Mackenzie. Resumo Autor 3: A importância da avaliação de inteligência, nos Transtornos do Espectro do Autismo (TEA), se deve ao fato de alterações cognitivas estarem relacionadas com a severidade dos sintomas, funcionamento adaptativo, prognóstico e com o planejamento de intervenções mais eficazes. A literatura na área também aponta para a necessidade do uso de testes não-verbais em função das dificuldades observadas no desenvolvimento da linguagem e da comunicação social nestes indivíduos. O presente estudo teve por objetivo verificar o desempenho de crianças com TEA em dois testes não-verbais de inteligência, a Leiter-R e o SON-R 2 ½-7[a]. Participaram 40 crianças entre 2 e 8 anos com diagnóstico realizado por uma equipe interdisciplinar. Para além dos testes de inteligência, foram aplicadas duas escalas de rastreamento para TEA e um questionário para avaliação do funcionamento adaptativo. Os resultados do SON-R mostraram que 55,6% do grupo obteve QI inferior à média, e houve diferença significativa entre o desempenho do grupo TEA e da amostra normativa nos subtestes. Análises intra grupo indicaram diferenças estatisticamente significativas entre os subtestes, embora tenham sido obtidas correlações positivas e significativas entre si. Correlações negativas e significativas foram observadas entre QI Total no SON-R2 ½ - 7 [a] com os questionários de rastreamento. Foram observadas correlações positivas, significativas do QI Total com funcionamento adaptativo. Em relação à Leiter-R observaram-se déficits no raciocínio abstrato e habilidades visuo-espaciais mais preservadas. Análise de clusters mostrou que as habilidades cognitivas são heterogêneas dentro do próprio grupo com TEA. O desempenho em tarefas não verbais se correlacionou positivamente com funcionamento adaptativo nos domínios da comunicação e atividades de vida diária e negativamente com o questionário de rastreamento, corroborando a associação entre cognição, funcionalidade e comprometimentos nos TEA.

Resumo Apresentador 4



Palavras-chave:
 Rastreamento, avaliação, autismo infantil