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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 632-2

Mesa-Redonda


632-2

Diagnóstico em Avaliação Psicológica: o que é e como usar?

Autores:
Denise Balem Yates1, Sérgio Eduardo Silva de Oliveira2, Jefferson Silva Krug3,4, Mônia Aparecida da Silva1
1 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2 UNB - Universidade de Brasília, 3 PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 4 SIG - Sigmund Freud Associação Psicanalítica

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Diagnóstico em Avaliação Psicológica: o que é e como usar? Denise Balem Yates Universidade Federal do Rio Grande do Sul A avaliação psicológica clínica, também conhecida como psicodiagnóstico, pressupõe um processo científico embasado teoricamente que avalia características psicológicas e situações de vida de indivíduos, visando um diagnóstico psicológico e gerando indicações terapêuticas e encaminhamentos que beneficiem os pacientes. Nas últimas duas décadas as produções acadêmicas e debates institucionais (por parte dos Conselhos Federal e Regionais de Psicologia e das Instituições e Associações voltadas para a avaliação psicológica e neuropsicológica) tem dado grande enfoque as técnicas, aos instrumentos e aos procedimentos utilizados neste processo e nos documentos criados a partir deste. Entretanto, a discussão a respeito do conceito, das necessidades e condições em que o diagnóstico deve ser identificado e fornecido nas avaliações psicológicas tem recebido menor atenção. A presente mesa redonda tem como objetivo discutir a definição dos tipos de diagnóstico utilizados em avaliação psicológica e algumas concepções a respeito de seus limites e potencialidades.

Resumo Apresentador 1

Conceito de Diagnóstico em Saúde Mental e suas Especificidades Denise Balem Yates Universidade Federal do Rio Grande do Sul A palavra diagnóstico, do grego diagnõstikós, significa discernimento, faculdade de conhecer, capacidade de distinguir ou decidir. Tradicionalmente usado na Medicina, o termo foi incorporado aos discursos e às práticas profissionais de diferentes áreas de conhecimento. Na saúde mental, a concessão de diagnósticos nosológicos baseados nos sistemas de classificação diagnósticos (SCDs), é frequentemente considerada prerrogativa da psiquiatria. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), psiquiatras realizam apenas uma pequena parcela dos serviços de saúde mental oferecidos. Entre os profissionais da área de saúde mental, psicólogos, em particular, representam uma fração significativa dos profissionais que utilizam SCDs. Para fomentar a discussão acerca da possibilidade do fornecimento de diagnósticos dos SCDs a partir de avaliações psicológicas, a presente apresentação fará um panorama dos conceitos de níveis de diagnóstico existentes em saúde mental, a saber, fenomenológico, compreensivo, nosológico, etiológico e diferencial. Serão discutidas as potencialidades e limitações de cada tipo, bem como as especificidades do registro destes nos documentos psicológicos resultantes da avaliação, considerando os diferentes contextos a que podem ser fornecidos.

Resumo Apresentador 2

Os diagnósticos psicológico e nosológico: conceituação e ética do diagnóstico no psicodiagnóstico Sérgio Eduardo Silva de Oliveira Universidade de Brasília A lei Nº 4.119, de 27 de agosto de 1962, que regulamenta a profissão do psicólogo, indica como atividade privativa da classe profissional a utilização de métodos e técnicas psicológicas com os seguintes objetivos: a) diagnóstico psicológico; b) orientação e seleção profissional; c) orientação psicopedagógica; d) solução de problemas de ajustamento. No que tange à prática da avaliação psicológica, o objetivo do diagnóstico psicológico previsto nesta lei tem gerado concepções inconsistentes entre clínicos e pesquisadores da área. A presente apresentação tem como objetivo tentar definir, dentro da prática do psicodiagnóstico, o conceito de diagnóstico psicológico e estabelecer os limites e relações com o diagnóstico nosológico. Além do mais, serão debatidos o papel do psicólogo na formulação de diagnósticos nosológicos e a postura ética que o profissional deve ter com relação ao paciente e à sociedade no que se refere à(s) conclusão(ões) diagnóstica(s) alcançada. Argumentos do (e contra o) “ato médico”, bem como pesquisas de impacto mundial, serão utilizados para fundamentar o pensamento crítico sobre o papel do psicólogo não só na avaliação, mas também na formulação da taxonomia dos transtornos mentais. Palavras-chave: diagnóstico nosológico; diagnóstico psicológico; psicodiagnóstico.

Resumo Apresentador 3

Porque um Psicodiagnóstico deve objetivar (e priorizar) mais do que um diagnóstico nosológico? Jefferson Silva Krug Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Sigmund Freud Associação Psicanalítica Um processo psicodiagnóstico pode ter vários objetivos, dentre eles poderá almejar identificar um diagnóstico nosológico. No entanto, diversas discussões de profissionais da área da avaliação psicológica tem sugerido situações em que o processo centra-se exclusivamente neste objetivo, negligenciando a reflexão etiológica sobre os sintomas e conflitos psíquicos. A presente exposição buscará apresentar alguns argumentos referentes a necessidade do psicodiagnóstico abranger e priorizar elementos dos processos psicológicos, entendidos teoricamente, a fim de estabelecer uma compreensão psicológica do quadro avaliado, não limitando-se a uma avaliação de sinais e sintomas. Além disso, buscar-se-á discutir situações em que a priorização e centralização da devolução dos resultados da avaliação a partir de um diagnóstico nosológico pode prejudicar muito a construção dos motivos que fundamentam uma indicação terapêutica.

Resumo Apresentador 4



Palavras-chave:
 diagnóstico, avaliação psicológica, psicodiagnóstico