Poster (Painel)
643-1 | “Não sou louco”: principal devolutiva no âmbito das avaliações para obtenção da CNH | Autores: | MENDES, C.1, Karla Jéssica da Silva Agilar1, Gisele Cristiane Teles Paiva1, Débora Fabiano de Sousa1
1 FAMA - Faculdade da Amazônia |
Resumo: Resumo Geral
A devolutiva é parte imprescindível no processo de avaliação psicológica realizada pelos aspirantes à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Relatar ao candidato que ele se encontra temporariamente inapto para a obtenção de sua CNH, é sempre uma questão delicada e que exige habilidade por parte do psicólogo responsável por passar essa informação. Esse trabalho teve o objetivo de verificar qual a associação mais recorrente que os candidatos fazem quando são considerados temporariamente inaptos. Fez-se um levantamento que deu suporte à pesquisa quantitativa, onde foram analisadas 778 avaliações psicológicas, realizadas no período de janeiro a julho do ano de 2016, em uma cidade do interior do estado de Rondônia. Nessas avaliações, cerca de 97 dos candidatos (12,46%) precisaram realizar reteste, desses, 69 candidatos (71,13%) relacionaram a devolutiva de “temporariamente inapto” com algo relativo à loucura, entendendo que a avaliação psicológica faz referência à questões de normalidade e patologia, saúde mental e loucura. Frases como “mas isso quer dizer que eu sou louco?”, “qual é o meu problema? Eu sou maluco?”, “eu não sou louco”, foram recorrentes após a devolutiva. Nesse sentido, incentivar métodos de divulgação da avaliação psicológica, procurando desmistificar a relação da avaliação com a loucura faz-se necessário. Apesar da problematização acerca da loucura ser realizada individualmente durante a devolutiva, observa-se a importância de transformá-la em uma questão social, para que, com isso, se fortaleça o valor da psicologia como ciência e a população perceba o caráter científico e pontual da avaliação psicológica.
Palavras-chave: loucura, devolutiva, trânsito |