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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 651-1

Mesa-Redonda


651-1

Contribuições de instrumentos não verbais de personalidade e autoeficácia para avaliação de populações especificas.

Autores:
DA, F.G.1, Faiad C.2, Andrade J.3, Lima A5, Rodrigues W.2
1 UNESA - Universidade Estácio de Sá , 2 UNB - Universidade de Brasilia, 3 UFPB - Universidade Federal da Paraíba, 4 UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro, 5 UNIVERSIDADE CEUMA, - Universidade Ceuma,

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Contribuições de instrumentos não verbais de personalidade e autoeficácia para avaliação de populações especificas. Muitos são os desafios para a construção de instrumentos que sejam capazes de prever o comportamento de populações específicas, dado suas peculiaridades, por meio de itens exclusivamente verbais. Uma dessas medidas são os testes de personalidade, que frequentemente exigem a capacidade da leitura e interpretação dos itens. Alguns desses grupos são analfabetos, analfabetos funcionais, disléxicos, crianças, idosos, dentre outros, que carecem um maior investimento no desenvolvimento de estratégias que favoreçam a compreensão do construto requerido. O objetivo da mesa será apresentar quatro instrumentos que se propõe a avaliar populações especificas, por meio de itens verbais e não verbais. Alguns estudos realizados com base nos referidos instrumentos, indicaram maior eficácia dos itens não verbais para a avaliação das referidas populações. O primeiro deles trata-se de um Instrumento Não verbal Infantil para Avaliação da Personalidade para crianças de oito a doze anos de idade, composto por 60 itens e respondido em escala tipo Likert de quatro pontos. O segundo trabalho apresentará o processo de adaptação de um instrumento não verbal de personalidade, o Five Factor Nonverbal Personality Questionnaire (FFNPQ), composto por 60 itens pictóricos (desenhos), avaliados por meio de uma escala do tipo likert de sete pontos. O terceiro trabalho apresenta uma escala de conscienciosidade para vigilância privada, composta por 30 figuras pictóricas, acrescidas de uma frase que represente cada uma das figuras. O mesmo deve ser respondido por em uma escala tipo likert de 7 pontos. O quarto trabalho se refere a uma adaptação transcultural da Falls Efficacy Scale–Internacional (FES-I), que avalia o medo de cair em idosos, para uma escala iconográfica de auto eficácia para quedas em os idosos brasileiros. A estrutura dos instrumentos mostrou-se adequada às populações específicas e, assim, mostram-se promissores para o aprimoramento das avaliações psicológicas nesses contextos.

Resumo Apresentador 1

Construção de um Instrumento Não verbal Infantil para Avaliação da Personalidade Josemberg Moura de Andrade Universidade Federal da Paraíba O presente estudo tem como objetivo discutir as vantagens de utilização de itens não verbais, bem como exemplificar a construção de tais itens para um instrumento de avaliação da personalidade de crianças. A avaliação psicológica é um processo de coleta de dados, cuja realização inclui métodos e técnicas padronizadas de investigação, dentre eles os testes psicológicos. Esses instrumentos são úteis à medida que, quando utilizados adequadamente, podem oferecer informações importantes sobre os examinados. O modelo dos Cinco Grandes Fatores tem subsidiado a elaboração de instrumentos de avaliação da personalidade por ser considerado um modelo compreensivo de considerável replicabilidade em vários países. Para realizar uma avaliação psicológica da personalidade faz-se necessária a utilização de instrumentos que não sejam demasiadamente longos, bem como instrumentos cujos itens sejam de fácil compreensão por parte dos sujeitos avaliados. Nesse sentido, estímulos não verbais podem ser utilizados substituindo itens verbais. Entre as vantagens do uso de itens não verbais podemos citar: minimização dos efeitos da linguagem em pesquisas transculturais de personalidade; avaliação de indivíduos que possuem dificuldades de compreensão , leitura e baixos níveis atencionais. Para a elaboração dos itens do instrumento não verbal foram consideradas as definições constitutivas e operacionais dos CGF de personalidade, elaboradas sequências de três cenas em que um personagem experiência uma situação ou apresenta um comportamento em uma situação específica. Cada conjunto de três cenas foi equivalente a um item. Um desenhista foi contratado para produzir 60 itens não verbais. Estes são respondidos por crianças de oito até doze anos de idade a partir de uma escala tipo Likert de quatro. Discute-se que os itens não verbais podem fornecer informações importantes para avaliação psicológica da personalidade.

Resumo Apresentador 2

ADAPTAÇÃO DO FIVE FACTOR NONVERBAL PERSONALITY QUESTIONNAIRE Wladimir Rodrigues da Fonseca Cristiane Faiad A tradução e adaptação de instrumentos psicológicos para um novo país exige cuidados que precisam ser observados. Trata-se de um processo complexo, exigindo um meio termo entre chegar à uma versão adaptada ao novo contexto e congruente com a versão original do instrumento. Estudos transculturais contribuíram para que o processo de adaptação tenha se tornado crescente na literatura, na possibilidade de se identificar diferenças culturais, individuais, e o que há de comum neste contexto. O presente estudo tem como objetivo apresentar o processo de adaptação de um instrumento não verbal de personalidade, o Five Factor Nonverbal Personality Questionnaire (FFNPQ). Instrumento composto por 60 itens pictóricos (desenhos) onde são mostradas diversas situações para que o indivíduo que responde ao teste se posicione sobre cada uma, avaliando-as por meio de uma escala do tipo Likert de sete pontos. Basea-se no modelo dos Cinco Grandes Fatores de personalidade e avalia as dimensões abertura à experiência, conscienciosidade, extroversão, amabilidade e neuroticismo. A adaptação do FFNPQ baseou-se no modelo proposto pela International Test Comission, em sua última atualização. Os itens foram submetidos a analise de 15 juízes, para avaliação da clareza do item, quanto ao que previamente se pretendia descrever, e sua adequação à dimensão proposta. Os comandos e escala de resposta passaram pelo processo de tradução e tradução reversa, por profissional bilíngue. Após a análise de juízes, oito dos 60 itens se mostraram inadequados por não apresentarem clareza em sua compreensão. Quanto à adequação dos itens à dimensão, a análise mostrou que itens negativos, construídos para a dimensão amabilidade, foram classificados como pertencentes a dimensão neuroticismo. Os resultados apontam a necessidade de adequações da escala para sua utilização em amostra brasileira considerando mantendo a estrutura da escala original. A evidência de validade de conteúdo foi realizada e outras evidências estão em fase de análise.

Resumo Apresentador 3

CONSTRUÇÃO E EVIDÊNCIAS DE VALIDADE DE UMA ESCALA VERBAL E NÃO VERBAL DE CONSCIENCIOSIDADE PARA O CONTEXTO DA SEGURANÇA PRIVADA Fernanda Gonçalves da Silva Cristiane Faiad Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade de Brasília Segundo a coordenação de controle da segurança privada da Polícia Federal, há cerca de 540.000 de vigilante no Brasil. Frequentemente as pessoas que buscam a atividade são indivíduos com dificuldade de se inserir no mercado de trabalho em razão da baixa escolaridade exigida, a quarta série do ensino fundamental. Este dado gera para os profissionais de seleção inúmeras dificuldades, dentre elas a escolha de um teste psicológico adequado para esta população, uma vez que boa parte dos instrumentos desconsiderarem uma realidade do país, o analfabetismo funcional .Em razão destas peculiaridade opta-se por desenvolver uma escala verbal e não verbal de conscienciosidade.O instrumento se propõe a mensurar a faceta de Conscienciosidade em razão desta ter se revelado como um eficiente preditor de bom desempenho no trabalho e principalmente da analise profissiografia realizada para cargo de vigilante patrimonial.O modelo de construção do instrumento de medida adotado foi o proposto por Pasquali, baseado nos três grandes polos: teórico, empírico e analítico. A ECVNV constitui-se de um instrumento de 30 questões que apresenta ao examinando figuras pictóricas acrescidas de uma frase que represente a figura. Espera-se que o indivíduo se coloque naquela situação e reflita de que maneira se comportaria. O instrumento apresenta uma escala de 7 pontos. A fidedignidade da ECVNV foi confirmada pelo coeficiente de consistência interna (alfa de Cronbach) que variaram de 0,57 a 0,90 valores considerados adequados e para verificação da validade convergente da ECVNV foi utilizado como variável externa o teste BFP apresentando correlações altas e moderadas.

Resumo Apresentador 4

Escala iconográfica de autoeficácia para quedas em idosos: um estudo sobre adaptação de instrumento verbal. Ana Beatriz Rocha-Lima Universidade Ceuma Na medida em que as pessoas envelhecem se tornam mais vulneráveis às situações que podem levar à perda de autonomia e independência. No Brasil, entre 28% a 35% das pessoas acima de 65 anos descrevem pelo menos um evento de queda a cada ano e metade delas quedas múltiplas. O medo de cair altera o desempenho de atividades de vida diárias. O objetivo desse estudo é propor uma adaptação da Falls Efficacy Scale–International (FES-I), que avalia o medo de cair em idosos, para uma escala iconográfica de autoeficácia para quedas em idosos brasileiros, considerando que a maioria deles possui baixa escolaridade. O procedimento para a adaptação da FES-I envolve as etapas: (I) transformação dos itens verbais para figuras; (II) análise semântica dos itens por juízes; (III) análise dos itens pelos sujeitos idosos e (IV) validade de construto. Esse estudo apresenta as etapas I e II, pois a pesquisa ainda está em andamento. Foram desenhadas 18 figuras que ilustram a realização de 16 atividades. Tais figuras foram avaliadas por 15 juízes, com pelo menos cinco anos de experiência na área da Gerontologia. Três itens (tomando banho”; “subindo ou descendo uma escada”; “pegando algo acima de sua cabeça ou do chão”) sofreram ajustes devido às diferenças culturais ou adaptação para figura. Outros itens, por avaliação dos juízes (“indo às compras”; “visitando a um amigo ou parente”; “andando em lugares cheio de gente” e “subindo ou descendo uma ladeira”) tiveram seus desenhos refeitos para adequação dos itens. Percebe-se esforços para a construção de normas específicas, no entanto, verifica-se pouca adaptação dos instrumentos em si e de procedimentos de avaliação psicológica próprios para esse grupo evidenciando a necessidade de construção ou adaptação de instrumentos específicos para esta população .

Palavras-chave:
 construção de instrumentos , escalas não verbais, personalidade, autoeficácia