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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 658-2

Mesa-Redonda


658-2

Sistema de Avaliação do Relacionamento Parental (SARP): aplicações no contexto forense e clínico

Autores:
MEDEIROS, V.D.1, Helena Berton Eidt1, Beatriz Cancela Cattani1, Denise Ruschel Bandeira1
1 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2 UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

O Sistema de Avaliação do Relacionamento Parental (SARP) pode ser considerado um avanço significativo para a avaliação psicológica no Brasil, especialmente no que tange o contexto forense. O instrumento foi construído com o objetivo de auxiliar psicólogos e assistentes sociais na avaliação da qualidade do relacionamento entre crianças e seus responsáveis, considerando situações de disputa de guarda e regulamentação de visitas em casos de perícias judiciais. Fundamentado nos pressupostos da Teoria Familiar Estrutural, a definição de relacionamento parental adotada no SARP é entendida como “a capacidade dos genitores de atender às necessidades de afeto, cuidados, proteção, educação, lazer e segurança dos filhos”. Objetiva-se, na presente mesa, apresentar o uso do SARP por meio de avaliações realizadas no contexto de disputa de guarda, de perda do poder familiar e, ainda, no contexto clínico.

Resumo Apresentador 1

Contribuições do Sistema de Avaliação do Relacionamento Parental em perícias de disputa de guarda Resumo: O SARP é composto por um conjunto de técnicas, aplicadas aos responsáveis e às crianças (com idades entre 5 e 12 anos). Os adultos respondem à uma entrevista semiestruturada (Entrevista SARP), ao passo que a avaliação com as crianças é realizada por meio de uma ferramenta lúdica chamada Meu Amigo de Papel. Após a coleta das informações com genitores e crianças, o próprio avaliador pontua a Escala SARP, que avalia oito dimensões da relação parental. Contudo, é possível que o examinador recorra a outras técnicas de avaliação, como complemento para seu entendimento do caso e, assim, maior precisão na pontuação dos itens. Dentre as técnicas complementares, podem ser utilizadas testagens de personalidade, observações da interação pais-filhos, visitas à escola e residência dos pais, e entrevistas com terceiros. O presente trabalho objetiva apresentar duas perícias de disputa de guarda em que o SARP foi utilizado, sendo que na primeira, seu uso se deu de forma exclusiva, e na segunda, outros procedimentos complementares foram utilizados. A opção por diferentes metodologias será discutida, assim como as contribuições do SARP para a tomada de decisão do psicólogo em cada um dos casos.

Resumo Apresentador 2

Utilização do SARP em avaliações de casos de Perda do Poder Familiar Resumo: O construto avaliado pelo SARP engloba a competência parental e as necessidades de seus filhos, que devem ser avaliados em situações de risco para as crianças, as quais podem culminar em ações de perda do poder familiar. Essas ações investigam a capacidade dos genitores para assumirem os cuidados dos filhos e podem implicar a ruptura temporária ou permanente de seus vínculos. Desta forma, esse trabalho tem o objetivo de apresentar a versão do SARP para Perda do Poder Familiar (SARP – PPF), composto por um Guia de Orientações para uso da Entrevista SARP e do Meu Amigo de Papel, e por um Checklist para a conclusão da avaliação. O Checklist foi construído a partir de levantamento realizado junto a profissionais com experiência prática na área da proteção à infância e também com a avaliação de juízes. Visa a auxiliar o avaliador na verificação da presença de fatores de risco para a permanência da criança junto à família, pois reúne as questões-chave referentes ao exercício do poder familiar. Está dividido em quatro áreas: Dados dos genitores, Dados das crianças, Dados da relação entre genitores e crianças, Dados da rede de apoio e familiar. A fim de ilustrar a aplicação do SARP-PPF, será apresentado um caso de Perda do Poder Familiar em que foi realizada perícia psicológica com a aplicação do instrumento. São necessários estudos que apontem evidências de validade clínica por meio de indicadores de congruência interna, externa e teórica do SARP-PPF.

Resumo Apresentador 3

O uso do SARP em crianças pré-escolares: adaptação do protocolo Meu Amigo de Papel Resumo: As avaliações psicológicas envolvendo disputa de guarda devem atender o princípio do melhor interesse da criança e do adolescente. Portanto, abrir espaço para entrevista-la(s) é percebido como fundamental para melhor embasar a recomendação dos documentos psicológicos endereçados aos magistrados. O SARP foi construído seguindo tal preceito. Contudo, sabe-se que o instrumento não atende à crescente demanda de perícias psicológicas envolvendo crianças pré-escolares. Desta forma, foi desenvolvido um roteiro de entrevista lúdica para ser utilizado com crianças entre três e cinco anos que servisse, bem como o protocolo infantil Meu Amigo de Papel, como instrumento de análise do relacionamento parental sob a ótica da criança, auxiliando o profissional a preencher a Escala SARP, componente do instrumento. Nesta adaptação, foi desenvolvido o Roteiro Semi-dirigido da Atividade Meu Amigo de Brinquedo. Será apresentada a aplicação do roteiro em uma família participante da pesquisa, a qual tinha uma filha de 4 anos.

Resumo Apresentador 4



Palavras-chave:
 Psicologia Jurídica, Relação pais-filho, Avaliação Psicológica


Agência de fomento:
Capes