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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 667-1

Poster (Painel)


667-1

AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA NO ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO (AIT): UM ESTUDO DE CASO

Autores:
SOUZA, L. N. C.D.4, Trevisan, Bruna Tonietti5, Miotto, Eliane Correa4
4 HCFMUSP - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo, 5 UPM - Universidade Presbiteriana Mackenzie

Resumo:
Resumo Geral

A neuropsicologia opera no diagnóstico, acompanhamento e tratamento com base na pesquisa da cognição, personalidade e comportamento, dando ênfase na relação entre estes aspectos e o funcionamento cerebral. O objetivo deste estudo foi descrever um processo de avaliação neuropsicológico e seu diferencial no diagnóstico de um caso de ataque isquêmico transitório (AIT) em uma paciente do sexo feminino, de 64 anos, com queixa de dificuldade de memória. Para isso foi realizada uma entrevista inicial com rastreio cognitivo e uma avaliação neuropsicológica, abrangendo as funções de eficiência intelectual, memória, atenção, funções executivas, linguagem, visuoconstrução, praxias e percepção. Também foram avaliados aspectos comportamentais e de personalidade por meio de escalas de comportamento. O desempenho cognitivo da paciente quanto à eficiência intelectual esteve preservada, porém os resultados apresentados indicaram prejuízos importantes e específicos relacionados à amplitude atencional e às capacidades de manutenção da atenção, os quais explicavam suas queixas de memória. O presente relato aponta a importância da avaliação neuropsicológica considerando o diagnóstico diferencial, juntamente com o prognóstico do potencial cognitivo, de modo a definir a melhor conduta a ser realizada em pacientes pós-AIT (especialmente em aqueles que não tenham apresentado lesão do tecido, detectada por meio da neuroimagem). Atualmente, os estudos indicam que os sintomas focais da maioria dos pacientes pós-AIT – com comprometimentos cognitivos e que não apresentam lesões visíveis – não se destacam nos critérios de uma avaliação neuropsicológica, pela falta de uma conduta adequada na rotina diagnóstica. Dessa forma, os encaminhamentos e as intervenções, com a finalidade de restaurar os danos cognitivos, deixam de proporcionar um acompanhamento específico e eficaz após o AIT, o que compromete a qualidade de vida. Em suma, sugere-se que a avaliação possa permitir analisar sintomas neuropsicológicos em pacientes que apresentem suspeitas de AIT, na tentativa de evitar a ocorrência de recidivas e de AVCi.

Palavras-chave:
 acompanhamento, cognição, isquemia cerebral transitória, neuropsicologia