Oral (Tema Livre)
688-1 | A Prisionalização e seus Efeitos sobre o Indivíduo Encarcerado: Contribuições do Método de Rorschach | Autores: | BRANCO, A.C.1, Otília Aida Monteiro Loth2, Daniela Vieira Ferro3, Maísa Roberta Pereira Ramos Lopes 1, Agmar César Elias Batista1, Danilo Pereira Lima 1
1 SEAP - Superintendência Executiva da Administração Penitenciária, 2 PUC-GOIÁS - Pontifícia Universidade Católica de Goiás, 3 SEAP - Superintendência Executiva da Administração Penitenciária, 4 SEAP - Superintendência Executiva da Administração Penitenciária, 5 SEAP - Superintendência Executiva da Administração Penitenciária, 6 SEAP - Superintendência Executiva da Administração Penitenciária |
Resumo: Resumo Geral
Introdução: A prisionalização é entendida como um processo de assimilação das normas, culturas e regras de convivência do ambiente prisional pelos indivíduos que nele desenvolvem algum tipo de relação. Estudos indicam que a prisionalização é um fator que favorece a reincidência criminal. O estresse é um termo utilizado para definir uma resposta orgânica não-específica para situações estressoras ao organismo. Este estudo se propõe a descrever aspectos relacionados ao estresse através do método de Rorschach, de uma amostra da população carcerária do estado de Goiás. Secundariamente, buscou-se estabelecer possíveis relações entre o estresse, a prisionalização e a reincidência criminal. Método: Foi realizada uma análise retrospectiva do banco de dados da Central de Avaliação e Perícia, da Superintendência Executiva da Administração Penitenciária do estado de Goiás. Foram selecionados os testes de Rorschach administrados durante o período de junho a outubro de 2016. No total foram avaliados 30 protocolos. Informações sobre o período de escolarização e dados da categoria Controle e Manejo do Estresse do Rorschach foram inseridos em uma planilha do SPSS, versão 20, onde foi realizado um tratamento estatístico de caráter descritivo. Resultados: Os resultados indicam que a maior parte dos avaliados possuem um baixo nível de escolaridade e um alto nível de estresse. A maior parte dos sujeitos também possui um repertório limitado de habilidades para responder assertivamente às situações problema. O sofrimento experienciado parece ser produto de necessidades básicas não atendidas, o que estaria ligado às restrições do cárcere. Conclusão: Conclui-se que o alto nível de estresse pode ser indicado como uma possível conseqüência da prisionalização, podendo também ser considerado um fator que contribui para a reincidência, uma vez que o estresse compromete significativamente a capacidade de autodeterminação do indivíduo.
Palavras-chave: Prisionalização, Rorschach, Penitenciária |