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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 731-3

Poster (Painel)


731-3

Validade e precisão da escala de crenças irracionais (ECI) para o contexto cearense

Autores:
LIMA, C.1, Gusmão, E. E. da S.1, Moura, H. M. de2, Cunha, J. P. U.1, Oliveira, T. C. D. de1, Silva, B. C. M. M. H.1, Fernandes, D. M. F.1
1 UFC - Universidade Federal do Ceará, 2 UFPB - Universidade Federal da Paraíba

Resumo:
Resumo Geral

O presente estudo se insere na perspectiva cognitivo-comportamental de psicoterapia. Esta abordagem tem a cognição como ponto central nos transtornos psicológicos. Define-se cognição como “aquela função que envolve deduções sobre nossas experiências e sobre a ocorrência e o controle de eventos futuros” (Beck & Alford, 2000, p. 23). Os comportamentos e as emoções são determinados pela forma como o indivíduo interpreta e se relaciona com o mundo. Segundo esta teoria, a remissão ou a redução dos sintomas no paciente em sofrimento psicológico resulta de uma modificação no pensamento e no comportamento. A melhora duradoura resulta da modificação da crença central disfuncional (Beck, 2013; Cordioli, 2008; Rangé et al, 2011). Assim, buscou-se verificar a adequação da escala de crenças irracionais (ECI) para o contexto cearense. Participaram do estudo 202 adultos de Fortaleza, com idade média de 26 anos (DP = 9,4), a maioria do sexo feminino (64%), solteira (80%), com curso superior incompleto (64%), abordados em locais públicos, por uma equipe de aplicadores treinados, conforme os princípios éticos da Resolução 510/2016. Responderam à Escala de Crenças Irracionais de Malouff e Schutte (1986) e adaptada para o contexto da cidade de São Paulo por Yoshida e Colugnati (2002), quando apresentou parâmetros adequados, com fidedignidade de 0,73 (Alfa de Cronbach) em uma estrutura unifatorial. A mesma estrutura foi encontrada no presente estudo, realizado no contexto cearense, apresentando 16 itens, todos com poder discriminativo e cargas fatoriais entre 0, 30 e 0,74, bem como fidedignidade pelo Alfa de Cronbach de 0,86, explicando 33,25% da variância. Considera-se, portanto, alcançado o objetivo da pesquisa, uma vez que a escala se confirma apta para uso no contexto da pesquisa para entendimento de problemas psicológicos na perspectiva cognitiva. As implicações de sua utilização e sua aplicabilidade são discutidas à luz da literatura da avaliação psicológica na clínica cognitivo-comportamental.

Palavras-chave:
 crenças, cognição, escala, irracionais


Agência de fomento:
CNPq