Oral (Tema Livre)
743-1 | Elaboração e validação da Escala de Estereótipos da Criança Adotada (EECA) | Autores: | DA, P.N.1, Santos, J.L.F.1, Couto, R.N.1, Machado, M.O.S.1, Freitas, N.B.C.1, Palitot, R. M.1
1 UFPB - Universidade Federal da Paraíba |
Resumo: Resumo Geral
& #913; adoção tem sido uma temática bastante abordada pela literatura, no entanto, grande parte das pesquisas focalizam os comportamentos e as dificuldades das crianças adotadas, contribuindo para reforçar estereótipos negativos referentes a este grupo. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo elaborar, checando evidências de validade da Escala de Estereótipos da Criança Adotada (EECA). Participaram 208 pessoas residentes em João Pessoa (PB), sendo 52,9% do sexo feminino e com idade média de 24,6 anos (DP = 7,27). Os participantes responderam a Escala de Estereótipos da Criança Adotada (EECA) e questões sociodemográficas. Com base na literatura foram elaborados 40 itens, os quais foram submetidos as análises de juízes e semântica. Utilizou-se o SPSS para realizar análises descritivas, teste t de Student, análise fatorial exploratória (AFE) e consistência interna. Inicialmente, verificou-se o poder discriminativo dos itens, sendo excluídos oito itens por não diferenciar participantes com pontuações próximas. Prévia a realização da AFE, testou-se a adequação do uso desta técnica por meio do KMO = 0,84 e Teste de Esfericidade de Bartlett, X² (496) = 3064,35; p < 0,001. Em seguida, realizou-se a AFE, que apontou como adequada uma estrutura com três fatores e 28 itens. No entanto, optando-se por uma versão mais parcimoniosa do instrumento, reduziu-se cada fator a seis itens, com cargas fatoriais entre 0,54 e 0,84, que explicou 54,3% da variância total, apresentando índices de consistência interna, alfas de Cronbach, satisfatórios: comportamentos indesejáveis =0,87; comportamentos desejáveis =0,83; e atributos psicológicos negativos =0,71. Portanto, concluiu-se que a EECA é uma medida que possui evidências psicométricas adequadas, podendo ser empregada em estudos futuros e no trabalho dos profissionais e grupos de apoios que trabalham com adoção. Facilitando identificar e promover reflexões dos estereótipos que as pessoas atribuem as crianças adotadas e se estes influenciam na decisão de adotar.
Palavras-chave: Adoção, Estereótipos, Criança
Agência de fomento: Capes |