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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 790-1

Mesa-Redonda


790-1

Vicissitudes do Psicodiagnóstico

Autores:
STUMPF, V.1, clarissa marceli trentini1, VALERIA BARBIERI1
1 FFCLRB- USP - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Conceituação de psicodiagnóstico- Dra. Clarissa Marceli Trentini- Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Fundamentos do psicodiagnóstico interventivo de orientação psicanalítico à luz de um caso clínico- Dra. Vanessa Stumpf Heck- Doutora Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pós-doutoranda da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Validade e confiabilidade do Psicodiagnóstico Interventivo- Dra. Valéria Barbieri- Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Resumo geral: O psicodiagnóstico é uma prática da avaliação psicológica que está inserida no contexto clínico. Em termos históricos, tal processo vem sendo associado à obrigatoriedade de aplicação de testes psicológicos. Cabe reflexão acerca do conceito de psicodiagnóstico no presente trabalho. Ele objetiva a avaliação de características psicológicas em curto espaço de tempo. É um processo de investigação e intervenção clínica que pode lançar mão de uma ou mais técnicas específicas. O que confere a cientificidade ao psicodiagnóstico é a adoção de uma teoria psicológica que subsidia a técnica da coleta, análise de informações e a compreensão da situação avaliada. Dentro desse contexto, o psicodiagnóstico interventivo de orientação psicanalítica (PIOP) é uma modalidade de avaliação psicológica relativamente nova em nosso país e que necessita ser mais difundida. Este processo faz uso integrado da avaliação e intervenção de maneira simultânea, viabilizando a ocorrência de efeitos terapêuticos no paciente desde o primeiro contato com o psicólogo. O PIOP é herdeiro do Psicodiagnóstico Compreensivo e das Consultas Terapêuticas de Winnicott. Portanto, possui fundamentos teórico-epistemológicos os quais se pretende explorar nessa mesa redonda à luz de um caso clínico. Por fim, almeja-se debater a validade e confiabilidade do PIOP por meio dos processos de member-checks, o peer-checks, a validade contextual e a validade retrospectiva. Palavras-chave: Avaliação psicológica, Psicodiagnóstico Interventivo, Validade, Confiabilidade.

Resumo Apresentador 1

Título: Conceituação de psicodiagnóstico Dra. Clarissa Marceli Trentini- Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A avaliação psicológica com fim clínico e diagnóstico tem sido chamada ao longo dos tempos de psicodiagnóstico. Na atualidade cabe uma reflexão acerca da conceituação de termo. Historicamente, ele vem sendo associado à obrigatoriedade de aplicação de testes psicológicos. No entanto, pesquisas revelam que a prática realizada por muitos profissionais abrange tanto aqueles psicólogos que não utilizam testes psicológicos quanto aqueles que usam sempre ou ocasionalmente, independentemente da teoria que embasa o processo. Nesse sentido, existe a necessidade de reavaliação da definição do conceito de psicodiagnóstico. Entende-se que o psicodiagnóstico é um procedimento científico de investigação e intervenção clínica, de curta duração, que pode lançar mão de uma ou mais técnicas específicas (observação, entrevistas, testes projetivos, testes psicométricos, etc.) com o propósito de avaliar características psicológicas. Portanto, objetiva um diagnóstico psicológico que só pode ser construído com base em uma orientação teórica que subsidia a compreensão da situação avaliada para gerar orientações terapêuticas e encaminhamento. Ressalta-se que o psicodiagnóstico pressupõe a adoção de uma teoria psicológica que fundamenta a técnica da coleta e análise de informações, o que confere o caráter científico ao processo. Deste modo, o termo psicodiagnóstico abrange um procedimento complexo, interventivo, baseado na coleta de múltiplas informações que proporcionam a elaboração de uma hipótese diagnóstica calcada na formação teórica do profissional. Palavras-chave: Avaliação psicológica, Psicodiagnóstico, Técnicas Projetivas, Testes Psicológicos.

Resumo Apresentador 2

Título: Fundamentos do psicodiagnóstico interventivo de orientação psicanalítico à luz de um caso clínico Dra. Vanessa Stumpf Heck- Doutora Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pós-doutoranda da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. O Psicodiagnóstico Interventivo de Orientação Psicanalítica (PIOP) é uma modalidade de avaliação psicológica que faz uso integrado da avaliação e intervenção de maneira simultânea. Objetiva diagnosticar, entender e intervir na problemática do indivíduo. As intervenções são realizadas nas entrevistas iniciais com o paciente, na aplicação de testes psicológicos, oferecendo devoluções durante todo o processo e não somente no final. Tal procedimento viabiliza a ocorrência de efeitos terapêuticos no paciente desde o primeiro contato com o psicólogo. O PIOP é um método científico que vem ganhando cada vez mais espaço entre pesquisadores e profissionais. É herdeiro do Psicodiagnóstico Compreensivo buscando trabalhar com ênfase no inconsciente; no significado latente dos sintomas e inclui no processo os sentimentos e pensamentos do psicólogo havendo uma subordinação do processo diagnóstico ao pensamento clínico. Também compartilha os pressupostos das Consultas Terapêuticas de Winnicott. Nesse sentido, as entrevistas e técnicas projetivas são utilizadas principalmente como meios de comunicação entre o psicólogo e o paciente. O propósito dessa apresentação consiste em debater brevemente os fundamentos teórico-epistemológicos do PIOP bem como apresentar um caso clínico oriundo de uma tese de doutorado que teve por objetivo averiguar as possibilidades de auxílio desse método em crianças com sintomas de ansiedade. Será apresentado o material de um participante da pesquisa, do sexo masculino, de 9 anos de idade. Foram realizadas sessões lúdicas e aplicação de testes psicométricos e projetivos. Os resultados podem ser compreendidos à luz da teoria Winnicottiana que embasa o PIOP. Deste modo, pode-se dizer que o menino sofreu falhas básicas no seu ambiente gerando uma ligação pouco consistente entre psique e soma, acarretando na formação de uma personalidade falso Self. Ao longo do processo observou-se que o fornecimento de holding e a experiência de um ambiente suficientemente bom facilitaram o contato do menino com o verdadeiro self. Palavras-chave: Ansiedade, Criança, Psicodiagnóstico Interventivo, Técnicas Projetivas

Resumo Apresentador 3

Título: Validade e confiabilidade do Psicodiagnóstico Interventivo Dra. Valéria Barbieri- Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. O presente trabalho enfoca o valor clínico e científico do método de Psicodiagnóstico Interventivo de Orientação Psicanalítica (PIOP), ou seja, a sua validade e confiabilidade. Esta modalidade de avaliação psicológica é fundamentada na Psicanálise, portanto, todas as controvérsias e as dificuldades que atingem essa teoria quando se busca debater o seu valor científico tocam também o PIOP. E ainda, mais especificamente, esse método é realizado em acordo com o referencial winnicottiano no qual a validade das intervenções, validade do processo clínico é determinada na situação do encontro entre o profissional e o paciente. Assim, a ênfase do processo encontra-se nos relacionamentos objetais, na constituição do Self e na experiência vivida no setting. Podem-se citar quatro métodos propostos na Psicanálise como alternativas para considerar a validade e a confiabilidade do conhecimento produzido no processo clínico: o member-checks, o peer-checks, a validade contextual e a “validade retrospectiva”, também conhecida como um tipo de validade baseada na “reconstrução” da história do paciente e que, juntamente com o member-checks, faz parte da chamada validade do processo clínico. Em suma, os procedimentos para a avaliação da validade e da confiabilidade do PIOP devem ser os mesmos que aqueles empregados pela Psicanálise para estimar a qualidade da intervenção e o seu impacto no paciente durante o tratamento psicanalítico. Palavras-chave: Psicodiagnóstico Interventivo, validade, confiabilidade.

Resumo Apresentador 4



Palavras-chave:
 psicodiagnóstico, Psicodiagnóstico Interventivo, validade, confiabilidade