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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 795-1

Oral (Tema Livre)


795-1

Engajamento no Trabalho: primeiras evidências de validade de um novo instrumento

Autores:
FERNANDES, M. D.C.1, Januário, M. S.1, Rusticci, R.1, Cintra, J.1, Dias, M.1, Zaia, V. M.1, Farhat, C.1, Hokama, E.1, Ramos, E.1, Rossi, V.1, Pieroni, J. M.1
1 UMESP - Universidade Metodista de São Paulo

Resumo:
Resumo Geral

O modelo teórico que predomina dentre as publicações sobre engajamento no trabalho não é aquele que trouxe à luz o termo. Entretanto, testes empíricos revelam inconsistências em suas dimensões. Neste estudo, engajamento no trabalho é definido como estado de presença no trabalho caracterizado por envolvimento físico, vigilância cognitiva e conexão emocional com o trabalho. Fundamentado nesta definição, o objetivo deste estudo foi construir uma nova escala para avaliar engajamento no trabalho e testar suas primeiras evidências de validade. Construíram-se 51 itens submetidos a 12 juízes. Resultaram 35 (acordo & #8805;70%), posteriormente avaliados semanticamente por 25 trabalhadores de diferentes níveis de escolaridade. Ajustados, esses itens foram respondidos por 378 trabalhadores, 68% mulheres, idade m & eacut e;dia de 37 anos (DP=12), 35% com ensino médio, 63% oriundos de empresas privadas, majoritariamente casados. A matriz dos dados mostrou-se fatorável (KMO=0,95; determinante=3,26-E-011; & #967;2=8681,08, p < 0,01). Os dados foram submetidos à extração pelo método PAF (antes por PC) com rotação Oblimin. Cinco fatores correlacionados entre si possuíam autovalores & #8805;1,0 e variância explicada & #8805;3,0%. O scree plot apontava 5 fatores, mas retiveram-se 4 que possuíam autovalores observados maiores do que os randômicos. O F1 ( & #945;=0,94, 11 itens, 38% de variância explicada) versava sobre conexão emocional com o trabalho. O F2 ( & #945;= 0,84, 4 itens, 7,2% de variância explicada) tratava do envolvimento físico com o trabalho. O F3 ( & #945;= 0,91, 8 itens, 5,7% de variância explicada) relacionava-se com a vigilância cognitiva no trabalho. O F4 reuniu 4 it ens negativos da conexão emocional ( & #945;=0,89, 4,2% de variância explicada); foi denominado conexão emocional negativa com o trabalho. Desta forma, produziu-se novo instrumento com as primeiras evidências de validade a serem verificadas em próximos estudos confirmatórios com outras amostras. Esta escala poderá ser útil para estudos futuros como medida alternativa de engajamento no trabalho à que predomina nos estudos atuais.

Palavras-chave:
 engajamento no trabalho, escala de medida, validade


Agência de fomento:
FAPESP - processo no. 2015/04058-9