Diante da alta concorrência no mercado de trabalho e aumento da competitividade nas organizações, muitos profissionais sentem-se pressionados a ter um desempenho acima da média e estão cada vez mais sujeitos a intensificar a sua jornada de trabalho. Diante desse cenário, espera-se um aumento da prevalência de profissionais com Workaholism ou adição ao trabalho. Esta patologia, que se desenvolve de forma gradativa, é caracterizada pelo trabalho excessivo e está associada à necessidade constante de trabalhar e obter êxito nas tarefas laborais. Os profissionais com adição ao trabalho perdem o controle emocional a apresentam uma compulsão para trabalhar incessantemente. Esse comportamento pode acarretar em uma série de problemas na saúde física e emocional, assim como, pode provocar conflitos na vida social.
Um dos instrumentos que tem sido utilizado em vários países para identificar a adição ao trabalho é a Dutch Work Addiction Scale – DUWAS-16. A DUWAS-16 apresenta 16 itens, e avalia a adição ao trabalho em suas principais dimensões: (1) Trabalhar Excessivamente (TE), (2) Trabalhar Compulsivamente (TC). Além disso, há uma versão breve da escala (DUWAS-10), que possui 10 itens também avaliam as dimensões mencionadas.
Apesar da relevância da temática, há uma carência de estudos realizados no Brasil sobre a adição ao trabalho. Considerando esta lacuna na literatura nacional, um artigo publicado recentemente na revista Avaliação Psicológica buscou adaptar e validar para o contexto brasileiro a DUWAS-16 e sua versão breve (DUWAS-10).
Highlights:
Vazquez, A. C. S., Freitas, C. P. P., Cyrre, A., Hutz, C. S., & Schaufeli, W. B. (2018). Evidências de validade da versão brasileira da escala de workaholism (DUWAS-16) e sua versão breve (DUWAS-10). Avaliação Psicológica, 17(1), 69-78. Retirado de: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712018000100009&lng=pt&nrm=iso
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