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Relato de experiência acerca das vivências na prática da disciplina de avaliação psicológica

29/01/2021

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) define Avaliação Psicológica (AP) como um processo estruturado de investigação de fenômenos psicológicos. Para o órgão, este procedimento utiliza diferentes fontes de informação, dentre métodos, técnicas e instrumentos. No Brasil, a área de AP é privativa do psicólogo e por isso a formação demanda extrema atenção, sendo um dos eixos estruturantes da formação do psicólogo nas Diretrizes Curriculares Nacionais. Um maior desenvolvimento da AP tem acontecido desde os anos 2000, principalmente por conta de ações políticas que impactaram positivamente a área, como a criação do Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos (Satepsi) pelo CFP. O presente artigo pretende endossar a discussão sobre a formação e o ensino de AP na graduação propondo relatar a experiência de ensino em disciplinas de Técnicas de Exames Psicológicos (TEP) em um curso de Psicologia de uma Universidade Federal no nordeste do Brasil.

 

Highlights:

  • Os desafios relacionados ao ensino durante a graduação são a não integração entre ensino e aprendizagem, ausência de professores exímios na área, metodologias e conteúdos incompletos.
  • Apesar da importância da área ainda existem deficiências no ensino da AP, associadas ao uso e manuseio de testes e à carga horária de ensino insuficiente.
  • Os alunos perceberam que o uso dos instrumentos é limitado e não dá conta de todo o processo. Perceberam que se tratava de mais uma etapa do processo como um todo e que, quando bem utilizada, é uma ferramenta importante de investigação.
  • Os alunos apontaram o desafio no momento de correção e interpretação dos dados, uma vez que era considerado o aspecto biopsicossocial do participante, evitando determinismos, e sempre atento às informações coletadas.
  • Por mais que os testes sejam ferramentas consideradas fundamentais no processo de avaliação psicológica, é necessário compreender que avaliar vai além da mera aplicação de testes.
  • Nas universidades públicas há uma escassez de instrumentos atuais e válidos, por isso a necessidade ainda maior de ensinar a avaliação psicológica como um processo amplo, contínuo e que usa diferentes métodos de investigação.

 

Referência:

Viana-Meireles, L. G., D. Alves Sousa, M. Brito do Rego, e T. Pachêco Cornéli. “Relato De Experiência Acerca Das Vivências Na prática Da Disciplina De avaliação psicológica”. Revista De Psicologia, Vol. 12, nº 1, dezembro de 2020, p. 164-72, doi:10.36517/revpsiufc.12.1.2021.13.

 

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