A preocupação com a avaliação psicológica no Brasil assumiu dimensões preocupantes já nos inícios de 1980. A primeira reunião para resolver essa preocupação ocorreu mediante uma comissão do Conselho Federal de Psicologia (CFP) no Rio de Janeiro em 1981, seguida logo depois pelas reuniões da Câmara Interinstitucional de Avaliação Psicológica patrocinada pela CFP. Como essas investidas não produziram os efeitos desejados, os pesquisadores psicólogos iniciaram a criação de laboratórios nas IES para pesquisa na área, sendo os primeiros, o LabPAM da UnB (1987) e o LAM da UFRGS (1988). Outro evento relevante na área para o Brasil foi o convite ao coordenador do LabPAM para participar da reunião da Internationtal Test Commission (ITC) em Oxford na Inglaterra em 1993, donde surgiu a introdução da TRI no Brasil neste mesmo ano, tratando os dados do SAEB de 1990.
A preocupação pela cientificidade na área da avaliação psicológica no Brasil, que os eventos acima mencionados mostram, estava presente numa série de psicólogos nas universidades brasileira, tanto assim que eles se reuniam para discussão de criação de algum instituto nacional para se preocupar com o problema. Essas reuniões ocorreram em vários congressos de psicologia no país, especialmente em Ribeirão Preto (SP), Porto alegre (RS) e Gramado (RS), donde surgiu a criação do Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP) em 1997, inicialmente pensado como Instituto Brasileiro de Avaliação e Pesquisa Psicológica (IBAPP). Mais tarde, em 2002, o IBAP criou a revista científica Avaliação Psicológica para fomentar e divulgar pesquisas nessa área. Além disso, o IBAP promove congressos bienais sobre a avaliação em psicóloga.
O IBAP se associou a uma série de entidades e organizações nacionais e internacionais interessadas na avaliação psicológica, e realmente representa hoje o que há de mais sério e científico no Brasil com respeito à avaliação psicológica, tanto assim que ele tem colaboração e repercussão internacional.